Distrito Industrial: Grow investirá R$ 25 milhões em fábrica de patinetes elétricos em Manaus

A startup latina de mobilidade Grow anunciou que vai abrir uma fábrica de patinetes e bicicletas elétricas na Zona Franca de Manaus. Com investimento previsto de R$ 25 milhões em infraestrutura e custos de operação, a fábrica terá 5 mil m² e deve entrar em funcionamento no início de 2020. O projeto foi aprovado em reunião do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (CAS) na quinta-feira (25). 

A previsão da empresa, resultado de uma fusão entre as startups Grin (mexicana) e Yellow (brasileira), é de fabricar cerca de 100 mil veículos por ano na planta. O empreendimento vai empregar cerca de 100 pessoas e gerando mais de 500 empregos indiretos na região. Segundo Marcelo Loureiro, cofundador e vice-presidente da Grow, a fábrica era um plano antigo da empresa, mesmo antes da fusão, mas que demorou a se tornar realidade. 

“Tivemos que esperar por um ano a reunião do CAS até conseguir a aprovação”, explica Loureiro. O executivo avalia que a fabricação própria ajudará a Grow a reduzir custos e também produzir patinetes e bicicletas mais adequados à demanda local. “Hoje, um patinete nosso tem vida média de 4 a 6 meses. Com a fabricação própria, eles poderão ser mais resistentes para buracos das nossas ruas, o que pode nos ajudar a reduzir custos de operação.” 

Será algo que o consumidor poderá sentir no bolso e na presença da Grow nas cidades: segundo Loureiro, a fabricação própria trará redução de custos de pelo menos 30% à empresa – e uma parte disso pode ser repassado ao valor final das viagens. 

O executivo, porém, não faz previsões sobre qual será o desconto nesse caso. Hoje, cada viagem de patinete custa R$ 3, mais R$ 0,50 por minuto de uso. Além disso, de acordo com Loureiro, a redução de custos pode tornar viável a expansão da empresa por mais cidades do continente. “Queremos ir além dos grandes centros.” 

Unificação de marca ainda está distante

Questionado sobre a unificação das marcas Grin e Yellow em uma só, Loureiro disse que é algo ainda em definição dentro da empresa. “Temos produtos nas ruas com as duas marcas e que vão durar pelo menos seis meses. É algo que só vai ser discutido de fato em 2020”, explicou o executivo. 

Segundo ele, a startup hoje está num momento de otimização de seus serviços – as vagas abertas, por exemplo, são apenas para reposição de pessoal. Hoje, a Grow tem 2 mil funcionários na América Latina. Destes, 1,3 mil está no Brasil, divididos entre escritório (300 pessoas) e operações e manutenção (1 mil). “Até o final do ano, vamos ficar no mesmo patamar. Queremos fazer mais com o mesmo número de pessoas”, afirma. 

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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