Profissionais do sexo na Holanda alertaram nesta quinta-feira (25) que organizarão um protesto para denunciar o fechamento contínuo de bordéis, enquanto vários restaurantes e cafés planejam reabrir sem autorização.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou na terça-feira que algumas das medidas para combater a pandemia da covid-19 serão mantidas, incluindo um toque de recolher e o fechamento de bares, cafés e restaurantes.
No entanto, decretou uma flexibilização para a maioria das chamadas profissões de contato, com a reabertura dos salões de beleza e massagem a partir de 3 de março.
Segundo Rutte, as profissionais do sexo não podem retomar o seu trabalho – o qual podem exercer desde dezembro – devido “à especificidade do trabalho, que envolve o contato muito próximo e a possibilidade de transmissão do vírus”.
As profissionais do sexo, cujo trabalho foi legalizado na Holanda desde 2000, têm previsto se reunir em frente ao Parlamento na terça-feira para protestar.
“Vamos protestar porque somos a única profissão de contato que está excluída da flexibilização das medidas governamentais”, afirmou Moira Mona, uma das organizadoras da manifestação.
“Temos um protocolo de higiene rígido e sabemos, talvez melhor do que ninguém, como prevenir a transmissão do vírus”, explicou à AFP.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras