Amazonas tem redução de 55% de casos de malária nos primeiro mês de 2019

FOTO: DIVULGAÇÃO/SUSAM
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O Boletim aponta que foram registrados 3.439 casos, o que significa uma redução de 55% quando comparado ao mesmo período de 2018, quando foram registrados 7.682 casos de Malária.

A Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas (FVS-AM), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Susam), divulga, nesta quinta-feira (07/02), o Boletim Epidemiológico de Malária e atualiza o número de casos notificados da doença no Amazonas no mês de janeiro de 2019. O Boletim aponta que foram registrados 3.439 casos, o que significa uma redução de 55% quando comparado ao mesmo período de 2018, quando foram registrados 7.682 casos de Malária.
 
Os municípios que alcançaram os melhores resultados até o momento são: Itacoatiara, com redução 94% (168 casos em 2018 e 10 casos em 2019); Santa Izabel do Rio Negro, com 86% (574 casos em 2018 e 79 casos em 2019); e Guajará, com 82% (420 casos em 2018 e 73 casos em  2019).
 
O município de São Gabriel da Cachoeira, que foi o responsável pela maior incidência no Amazonas, apresentou a redução de 56,03%, com 733 casos em janeiro de 2019 contra 1.667 casos notificados no ano passado. Manaus também apresenta redução importante de 35% este ano, com 682 casos notificados em 2019 contra 1.063 casos notificados no primeiro mês de 2018, informa a FVS-AM.

Compromisso – Para a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, os dados, embora “parciais”, demonstram os bons resultados, fruto do intenso trabalho e do compromisso de todos. “É importante ressaltar as parcerias com o Ministério da Saúde, apoio dos gestores municipais e o empenho das equipes de Saúde durante todo o ano de 2018, que contribuíram para esta redução”, ressaltou Rosemary. “Iniciamos o ano de 2018 com aumento explosivo de casos de malária, principalmente, na calha do Alto Rio Negro, além de outros 13 municípios que foram considerados prioritários, e, diante deste desafio, as equipes da  FVS-AM se mobilizaram para atuar em conjunto com os município para conter o avanço da doença”, concluiu.

Mosquiteiros – Ainda de acordo com a diretora da FVS, uma importante estratégia que permitiu esta redução dos casos da doença foi a distribuição 40 mil mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração como medida de controle em áreas malarígenas, resultado da parceria com o Ministério da Saúde. Esta importante estratégia contemplou 26 municípios amazonenses incluindo os prioritários.

Rosemary acrescenta que os indicadores são positivos, porém o desafio é manter a redução. “Ao todo no Amazonas existem mil pontos de microscopia, que são essenciais para garantir o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença. Está é uma das principais ações que visa identificar e tratar os casos de malária, interrompendo assim a cadeia de transmissão. Além disso, outras medidas de proteção, como o uso do mosquiteiro impregnado, repelentes, evitar permanecer em igarapés após o entardecer entre outras, contribuem para o controle”.

 
De acordo com o diretor-técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, serão distribuídos em 2019  mais 50 mil mosquiteiros impregnados para os municípios do interior. “Esta é uma estratégia muito importante para controlar a doença, mas é preciso a adesão da população para o uso correto dos mosquiteiros”,  salienta Fernandes.

Síntese epidemiológica da Malária – A Malária apresentou queda no Estado entre os anos de 2005 e 2016, quando as notificações reduziram de 167.018 para 45.476 casos. Observa-se o crescimento da doença em 2017, quando foram registrados cerca de 76 mil casos, entre janeiro e dezembro. Em 2018, no primeiro trimestre, o aumento chegou quase a 60%, mas finalizou o ano com a redução de 10% com 68.396 casos em 2018 contra os 76.106 casos registrados em 2017. O aumento expressivo de números de casos de malária no Alto Rio Negro resultou no Decreto de Emergência naquela região.   


Sobre a doença – Malária tem tratamento gratuito ofertado em toda rede de saúde. O paciente deve seguir de forma correta o uso do medicamento para que não piore da doença.  
Amazônia sem Fronteiras / Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Susam)
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