A Argentina disse que detectou sete chamadas por satélite frustradas feitas no sábado que viriam do submarino militar argentino que desapareceu com 44 tripulantes há mais de três dias, cujas buscas ocorreram desde a superfície do mar até as profundezas.
O governo está trabalhando com uma empresa norte-americana para tentar encontrar o local de origem preciso das chamadas, que não conseguiram se conectar, e acredita que isso indica que a tripulação está buscando contato, disse o Ministério da Defesa em um comunicado.
“As chamadas, com duração entre 4 e 36 segundos, foram recebidas entre 10h52 e 15h42 (horário local) em diferentes bases da Marinha, embora não tenham conseguido estabelecer contato”, disse a nota divulgada no sábado à noite.
Uma fonte da Marinha disse à Reuters que o clima severo da região em que se acredita que o navio pode estar é capaz de explicar porque as chamadas não conseguiram se conectar, além de que o submarino poderia operar com instabilidade depois de sofrer uma falha elétrica.
“A questão climática explicaria por que eles não foram capazes de se comunicar e também porque (o submarino) não poderia ficar na superfície”, disse ele sob condição de anonimato, porque não está autorizado a fazer declarações.
No sábado à tarde, uma operação de resgate aeronáutico havia coberto sem sucesso 80 por cento da superfície do mar na região onde a busca se concentra.
“Não apenas continuamos reforçando a busca na superfície, mas agora também estamos dando prioridade à busca de um submarino submerso, eventualmente também apoiado no fundo do mar”, disse Gabriel González, chefe da base naval de Mar del Plata, uma cidade costeira a 400 quilômetros da capital argentina para onde o submarino desaparecido estava indo.
“A pesquisa subaquática é, obviamente, muito mais complicada do que a pesquisa de superfície, porque requer a combinação de meios de alta tecnologia”, explicou González.
A Marinha dos EUA informou sábado em um comunicado que enviará para ajudar na busca na Argentina uma câmera de resgate subaquático, que chegará neste domingo, e um módulo de resgate pressurizado, que chegaria no início da próxima semana.
Reportagem: Redação Amazônia Sem Fronteiras