A informação foi divulgada agência de notícias japonesa Kyodo, nesta terça-feira (22). A carta foi enviada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, citando vários funcionários do governo japonês
O governo chinês enviou uma carta ao primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, pedindo uma resposta coordenada às medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A informação foi divulgada agência de notícias japonesa Kyodo, nesta terça-feira (22). A carta foi enviada pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, citando vários funcionários do governo japonês.
A carta, enviada através da embaixada chinesa no Japão, enfatizou a necessidade de “combater o protecionismo juntos”, disse a Kyodo.
Os ministérios das Relações Exteriores de ambos os países não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
Pequim alertou os países na segunda-feira (21) contra um acordo econômico mais amplo com os Estados Unidos às suas custas, aumentando sua retórica em uma guerra comercial em espiral entre as duas maiores economias do mundo.
O Japão, um dos aliados mais próximos de Washington, estava entre as dezenas de países visados pelas tarifas abrangentes de Trump no início deste mês e iniciou negociações com os Estados Unidos para tentar resolver a questão.
As relações entre Pequim e Tóquio foram tensas nos últimos anos por uma série de questões, desde disputas territoriais até tensões comerciais.
Na segunda (21), a China afirmou que vai retaliar países que firmarem acordos comerciais com os Estados Unidos em detrimento de seus interesses, segundo porta-voz do Ministério do Comércio chinês.
A China respeita todas as partes que buscam resolver diferenças econômicas e comerciais com os Estados Unidos por meio de consultas em pé de igualdade, mas se oporá firmemente a qualquer parte que tente fechar um acordo em detrimento da China”, declarou.
“Pequim tomará contramedidas de forma resoluta e recíproca se qualquer país buscar esse tipo de acordo”, completou. “Os Estados Unidos abusaram das tarifas com todos os parceiros comerciais sob a bandeira da chamada ‘equivalência’, ao mesmo tempo em que forçaram todas as partes a iniciar negociações de ‘tarifas recíprocas’ com eles”
De acordo com a Bloomberg, o governo Trump está se preparando para pressionar nações que buscam reduções ou isenções tarifárias dos EUA a restringirem o comércio com a China, inclusive impondo sanções monetárias. Essa reportagem motivou a declaração chinesa.
No início deste mês, o Representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, disse que cerca de 50 países o procuraram para discutir as tarifas adicionais elevadas impostas pelo presidente Donald Trump.
Desde então, diversas negociações bilaterais sobre tarifas aconteceram, com o Japão considerando aumentar as importações de soja e arroz como parte de suas conversas com os EUA, enquanto a Indonésia planeja aumentar as importações de alimentos e commodities dos EUA e reduzir pedidos de outros países.
Fonte: G1 Mundo
China e EUA — Foto: Associated Press