Depois de vencer a primeira partida sob o comando de Rogério Ceni ao derrotar o Coritiba, pelo Brasileirão, o Flamengo encara seu maior desafio no ano até aqui: o confronto contra o Racing. O time rubro-negro enfrenta o rival argentino no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores nesta terça-feira (24), às 20h30 (de Manaus), em Avellaneda.
Atual campeão, o Flamengo avançou como líder do Grupo A e busca o terceiro título da Libertadores. A equipe rubro-negra nunca enfrentou o Racing na história da competição. O time argentino se classificou ao mata-mata no segundo lugar do Grupo F, atrás do Nacional, do Uruguai. O jogo da volta está marcado para dia 1º de dezembro, próxima terça-feira, no Maracanã.
O retrospecto é equilibrado: cinco vitórias para cada lado e três empates em 13 jogos. A maioria dos encontros aconteceu em amistosos. A única vez que as equipes se enfrentaram em jogos oficiais foi em 1992, com um empate por 3 a 3 no Rio e triunfo dos ‘hermanos’ por 1 a 0 em Buenos Aires.
O treinador do time de Avellaneda já cruzou o caminho de Rogério Ceni, que faz sua estreia como técnico no torneio que venceu como jogador duas vezes, em 1993 e 2015, e com o qual estabeleceu uma relação íntima em 11 participações ao longo da sua vitoriosa carreira como atleta.
Em 2017, Sebastián Beccacece era o comandante do modesto Defensa y Justicia que eliminou o São Paulo, então comandado pelo ex-goleiro, da Copa Sul-Americana. Recém-chegado ao Flamengo, Ceni quer evitar uma nova eliminação depois de ver seu time cair para o São Paulo na Copa do Brasil. Estudioso, ele afirmou estar focado no rival argentino já há alguns dias.
“Comecei a estudar, conheço muito o Beccacece, sei como ele gosta de jogar. Não podemos ficar nos iludindo pelos últimos resultados”, disse, em referência à má fase do Racing.
O treinador ganhou boas notícias nos últimos dias. Ele terá Filipe Luís à disposição pela primeira vez desde que assumiu a equipe e o retorno de Gabriel. O lateral se recuperou de um desconforto no músculo posterior da coxa e o atacante está livre de um problema muscular sentido no duelo contra o São Paulo, no Maracanã, há quase duas semanas. Pedro, em contrapartida, continua no departamento médico, ainda sem data para retornar, e Rodrigo Caio segue fora se recuperando da lesão na panturrilha direita.
Má fase
O Racing vive dias turbulentos. O clube de Avellaneda atravessa uma crise técnica e que também extrapola os gramados. São muitos jogadores machucados, quatro derrotas seguidas pela Copa Liga Profissional da Argentina e problemas externos, como a saída de Diego Milito, ídolo da equipe e que deixou o cargo de diretor técnico por divergências com o presidente Victor Blanco.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras