Após apresentar dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que mede as taxas anuais de desmatamento, o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) reconheceu que a perda de floresta da Amazônia aumentou expressivamente neste ano. Uma área de 9.762km foi desmatada entre agosto de 2018 e 31 de julho deste ano, alta de 29,5% em relação ao período anterior.
Este é o maior percentual desde 1998, quando a devastação cresceu 31%. O ministro atribuiu o problema à “pressão das atividades econômicas, grande parte ilegais”, e disse estar debatendo a retomada do Fundo Amazônia.
O Deter continuou a alertar para a explosão do desmatamento nos meses de agosto, setembro e outubro – fora dos números de Prodes divulgados na última segunda-feira (18).
Os resultados passam a serem ruim internacionalmente para o Brasil, indo contra as suas próprias metas de controle de mudanças climáticas, estabelecidas pela lei de número 12.187, segundo o climatologista Carlos Nobre. A situação do desmatamento da Amazônia e Pantanal preocupa bastante e no próximo mês o país participará da Cúpula do Clima, em Madrid, na Espanha, vitrine global para as políticas de meio ambiente.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras