Polícia investiga morte de jovem que foi encontrada em carro de namorado em Duque de Caxias

Rio de Janeiro – A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de Vitória de Oliveira Rodrigues, de 18 anos. Segundo a família, a jovem deu entrada já sem vida em um posto de saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após ter sido encontrada nua no carro do namorado. O veículo estava na localidade do Saraiva, em Campos Elíseos. O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Vitória havia saído junto com o namorado, de 30 anos, no último domingo para uma festa. Eles não retornaram do evento e parentes de ambos começaram a procurá-los. O automóvel foi encontrado no dia seguinte por uma tia do namorado. Eles estavam desacordados , na ocasião, segundo o relato de parentes de Vutória.

— Quem socorreu a minha filha foi a família dele. A tia (do namorado) disse que quando abriu a porta viu a Vitória deitada e ele dormindo ou desmaiado. Socorreu antes Vitória porque contou que ela estava muito mal. Ela chegou no hospital morta — disse a mãe da jovem, Viviane de Almeida, de 38 anos. — Acharam o carro dele parado e ligado a noite toda e metade do dia.

Eles foram para o posto de Saúde de Campos Elíseos. A unidade de saúde confirmou a informação de que ela chegou morta ao hospital. Ele, que também estava desacordado no carro, ainda de acordo com o órgão, deu entrada nu. Posteriormente, reclamou de dores no corpo, mas foi liberado e levado por policiais para prestar depoimento.

Ainda de acordo com a família, o laudo que atesta a causa da morte de Vitória ainda não ficou pronto. Para eles, a informação preliminar dada pela família do namorado foi de que ambos haviam “respirado gás” no interior do carro.

Os parentes dela afirmam ainda que havia marcas no corpo de Vitória.

— Ela estava com marcas roxas no pescoço e com um pingente em formato de coração amassado — acrescentou a mãe da jovem.

A tia da menina disse ainda que havia um hematoma no lado esquerdo do rosto da jovem:

— Havia um roxo do lado esquerdo do rosto, na altura da orelha — afirmou a tia da garota Rosangela de Oliveira Ferreira.

Parentes contaram que prestaram depoimento sobre o caso. O órgão, no entanto, não deu detalhes sobre o caso. Por meio de nota, respondeu apenas que “foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias da morte”. E que “diligências estão em andamento em busca de testemunhas e imagens.”

— O perito do IML disse que ela estava com a boca espumando. Falou que o pulmão estava cheio de ar por conta de uma asfixia — disse Viviane. — A gente não tem estrutura emocional para viver uma situação dessas. Uma garota jovem, não tinha vícios, não era drogada, não era bandida. Quero saber o que, de fato, aconteceu naquele carro.

Relação Conturbada 

Ainda de acordo com parentes, eles teriam tido uma discussão antes de sair da festa no domingo. Os dois, acrescentou a família, estavam juntos há cerca de quatro anos.

— O relacionamento deles era agressivo. Ele tinha outros casos (amorosos). Os dois têm todo este histórico difícil — afirmou Rosangela.

Assim como a mãe da jovem, Rosangela quer que essa história seja logo esclarecida. Ela descreve a sobrinha como uma jovem alegre e com sonhos.

— Ajudei a amamentar a Vitória, porque ela tem uma idade próxima da minha filha. Minha sobrinha era uma pessoa alegre, divertida, com muitos projetos. Viajávamos juntos em família sempre. Era uma pessoa que não guardava raiva de ninguém. Teve seus sonhos roubados.

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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