Prefeitura de Manaus inicia identificação de famílias pela ‘Operação SOS Enchente 2019’

Operação SOS cheia 2019. Foto Marinho Ramos Semcom.
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A estimativa é de que 2.569 famílias sejam inseridas no mapeamento da Defesa Civil e da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) para receber auxílio em saúde, limpeza, assistência social, dentre outros.

A Prefeitura de Manaus deu início, nesta terça-feira, 9/4, à “Operação SOS Enchente 2019”, que consiste na identificação das famílias residentes nas áreas passíveis de alagação/inundação. Os trabalhos são um desdobramento da “Operação Cheia”, que começou ainda em janeiro deste ano, com a integração e planejamento das atividades pelas estruturas do município que integram a ação coordenada pela Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil de Manaus.

A estimativa é de que 2.569 famílias sejam inseridas no mapeamento da Defesa Civil e da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) para receber auxílio em saúde, limpeza, assistência social, dentre outros. As visitas já começaram e os primeiros locais a receber as equipes da prefeitura são Betânia, na zona Sul, e São Jorge, na zona Oeste da capital.

“Esse é um trabalho preventivo e que nos foi determinado pelo prefeito Arthur Virgílio Neto. Estamos atuando de forma integrada nas áreas propícias de alagação, para vermos a real necessidade das famílias. Caso o rio atinja as residências, nós estaremos com esse trabalho de identificação concluído. A operação visa dar apoio e proteção à população atingida pela enchente, com a oferta de atenção e provisão material, conforme as necessidades detectadas”, destacou a secretária da Semasc, Conceição Sampaio.

No primeiro momento, as residências com risco de alagação serão identificadas para posterior concessão do auxílio-aluguel, no valor de R$ 600, pago em duas parcelas mensais de R$ 300, além de benefícios eventuais (cesta básica, rede, colchão e lençol). É importante destacar que o auxílio-aluguel é liberado somente após o município decretar Estado de Emergência, que só ocorre após a cota do rio chegar acima de 29 metros.

Além do cadastro das famílias afetadas, a Defesa Civil de Manaus irá realizar a construção de pontes nas áreas atingidas, porém, a medida só será efetivada caso o rio Negro atinja a cota prevista para inundação/alagação. Serviços de limpeza e descontaminação das águas também serão realizados.

“Todo esse trabalho de fazer o levantamento das famílias é para que, com esses dados, caso a cheia 2019 atinja a cota de emergência, as famílias possam ser assistidas e retiradas dessas áreas de alagação, evitando acidentes e doenças à população”, disse o secretário executivo da Defesa Civil, Cláudio Belém, destacando que a Defesa Civil, assim como as demais secretarias parceiras da operação, trabalha com base na maior cota de cheia do rio Negro, de 29,97 metros, que aconteceu em 2012.

Relatório

De acordo com o relatório do Departamento de Operações da Defesa Civil, 15 bairros da capital serão afetados pela cheia: Tarumã, Mauazinho, São Jorge, Educandos, Raiz, Betânia, Presidente Vargas, Colônia Antônio Aleixo, Aparecida, Centro, Santo Antônio, Cachoeirinha, Glória, Compensa, Puraquequara, além de 21 comunidades do rio Negro e 12 do rio Amazonas, das zonas rural e ribeirinha.

Conforme o primeiro alerta de cheia do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), realizado no fim de março, a cheia deste ano está prevista para variar entre 28,49 metros e 29,19 metros.

Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) irá ofertar o hipoclorito de sódio, utilizado na desinfecção da água para o consumo humano, com orientação sobre o modo adequado de utilização, e a distribuição de material informativo sobre as formas de prevenção das doenças.

“O objetivo principal é evitar surtos de doenças que são transmitidas por meio do contato com água ou alimentos contaminados, como é o caso das doenças diarreicas agudas e de agravos como a leptospirose e hepatite A. A Semsa também irá trabalhar na prevenção de outras doenças, entre elas o tétano acidental, dengue, zika, chikungunya e malária”, informou a diretora do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Deave/Semsa), enfermeira Marinélia Ferreira.

Por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), será feita a avaliação das áreas sobre a incidência e fatores que favorecem a proliferação de roedores, permitindo determinar as ações de controle, além da avaliação da situação vacinal de cães e gatos contra raiva animal e, se for necessário, a vacinação dos animais, e avaliação da necessidade de castração de cães e gatos dos domicílios nas áreas de risco.

Amazônia sem Fronteiras / Texto: Beatriz Araújo / Casa Militar, Alexsandro Machado / Semasc e Eurivânia Galúcio / Semsa

 

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