Mourão defende atuação de policiais em caso Ágatha e questiona versão da família

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O presidente da República em exercício, General Hamilton Mourão, em pronunciamento feito nesta segunda feira (23), defendeu a atuação dos policiais militares durante operação no “Complexo do Alemão” no último fim de semana, na cidade do Rio de Janeiro-RJ. Mourão disse que o Rio de Janeiro vive uma guerra contra o narcotráfico que se instalou no estado, e colocou em dúvida a versão da família, de que a menina Ágatha tenha sido atingida por disparos de militares.

“É aquela história, é a palavra de um contra o outro. E você sabem muito bem que nessas regiões aí de favela se o cara disser que foi traficante que atirou (contra a criança), no dia seguinte ele está morto”, disse Mourão em conversa com jornalistas.

Para o presidente interino, o narcotráfico tem culpa na morte da menina de 8 anos, que estava no banco da frente de uma kombi com seu avô, no momento do confronto. Ainda em pronunciamento, Mourão disse que pessoas ligadas ao tráfico de drogas colocam as pessoas nas ruas durante o confronto e atiram nos policiais.

“O Estado tem que fazer as suas operações e procurar de todas as formas possíveis a segurança da população. Eu comandei tropa que operou no Complexo do Alemão e na Maré, e o narcotráfico coloca a população na rua e atira contra a tropa. Então, ele (narcotráfico) coloca em risco a própria gente que habita aquela região”

Mourão aproveitou a oportunidade para afirmar que o incidente pode trazer prejuízos no congresso durante o debate sobre o “excludente de ilicitude” para militares durante operações, e lembrou também da morte de dois policiais militares durante o embate.

“Dois policiais morreram. Ninguém comenta isso aí. Parece que dois carrochos morreram. Nós, força do Estado brasileiro, durante operação na Maré tivemos um morto e 27 feridos. Ano passado durante a intervenção no Rio de Janeiro tivemos três mortos. E ninguém toca nisso aí.

Então, tem que haver algum tipo de proteção. Eu falo sempre: dentro do estado de direito a lei tem que valer para todos. Quem infringiu a lei tem que ser punido.” Finalizou o presidente interino.

Reportagem: Jardel Pereira (Amazônia sem Fronteiras)

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