A companhia aérea Delta Airlines foi condenada na sexta-feira (24) a pagar uma multa de US$ 50 mil a passageiros muçulmanos por discriminação. A empresa foi condenada pelo departamento de transportes dos Estados Unidos por, em diferentes ocasiões, remover três passageiros muçulmanos de suas aeronaves.
De acordo com a decisão, a Delta teve “conduta preconceituosa” e violou leis antidiscriminatórias. Em comunicado oficial, a empresa disse não reconhecer os incidentes como práticas discriminatórias, mas afirmou “que cada um desses casos poderia ter sido manejado de maneira diferente”.
Entre os casos pelos quais a companhia aérea foi processada está o que ocorreu em julho de 2016, quando um casal foi retirado do avião no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, após um terceiro passageiro ter dito que o comportamento dos dois o havia deixado “muito incomodado e nervoso”.
Na ocasião, ele justificou o pedido pelo fato de a mulher estar vestindo um niqab, tipo de véu usado por mulheres islâmicas e pelo homem supostamente ter escondido algo em seu relógio. Além disso, o homem que reclamou afirmou que o muçulmano havia enviado diversas mensagens com a palavra “Alá”, que significa Deus em árabe.
Os dois eram cidadãos americanos e estavam retornando para casa, mas o piloto impediu-os de retornarem a bordo mesmo depois de uma checagem de segurança da equipe da Delta.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras