Governo do Amazonas mantém decreto de estabelecimentos comerciais fechados

Foto: Divulgação
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Continua valendo no Amazonas o decreto estadual que determina a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais.  O anuncio foi feito pelo Governo no início da noite desta última segunda-feira (30) depois de reunião entre o governador, Wilson Lima, representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, órgãos de controle e entidades do comércio e da indústria.

“O decreto do Governo do Estado continua valendo e aqui nós montamos um comitê de representantes do Governo e também do comércio e da indústria, para entender como é que a economia vai continuar funcionando no Estado do Amazonas e como é que faremos essa conciliação entre garantir empregos ou demitir o mínimo possível, conciliando com a proteção das pessoas”, ressaltou Wilson Lima.

Ele frisou que a prioridade neste momento é a saúde, mas que o Estado estuda meios de recuperar a economia, alinhado com todos os setores produtivos.

“A vida das pessoas está em primeiro lugar e é isso que nós colocamos aqui e deixamos muito claro, disso nós não abrimos mão. Primeiro cuidamos da vida das pessoas, e depois entendemos como vamos caminhar com as atividades econômicas que são fundamentais. Nós estamos tomando medidas que são duras, não há nenhuma decisão fácil neste momento, mas elas são importantíssimas e devem ser tomadas, de forma muito responsável”, destacou ele, ao frisar que todas as determinações seguem orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e órgãos estaduais de saúde.

As alternativas para retomada gradual das atividades no setor comercial e de serviços serão detalhadas pelo comitê que terá a participação de técnicos do Governo, de órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário e de representantes do setor produtivo.

“Nós começamos um núcleo que pode ser ampliado, entendendo que qualquer decisão que a gente tome tem que ser baseada no que os técnicos têm, nós números, avaliação dos técnicos e das autoridades, dos poderes constituídos, entendo que a gente vai encontrar um consenso, um meio termo para fazer esse planejamento de retorno das atividades econômicas que são fundamentais”, reforçou Wilson Lima.

Os representantes da área da saúde reforçaram a necessidade de manter o isolamento social da população e que os empresários apoiem as medidas dos governos estadual e municipais de restrição de circulação de pessoas, conforme recomendações da Organização Municipal de Saúde (OMS).

O secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, disse que o sistema de saúde do Amazonas, assim como em qualquer outro lugar do mundo, não está preparado para uma explosão de casos do novo coronavírus, se todos adoecerem num curto espaço de tempo.

Ele apresentou projeções feitas pela Susam que mostram que o isolamento social pode reduzir em 31% o número de infectados em Manaus e região metropolitana. O mesmo estudo mostra que, sem a medida de restrição de circulação de pessoas, 22 mil pessoas poderão precisar de UTI. Se isso acontecer num curto espaço de tempo, aumentaria a possibilidade de óbitos já que o sistema de saúde não suportaria a demanda.

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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