Com aval de Bolsonaro, Guedes diz que Pró Brasil “na verdade, são estudos”

Foto: Divulgação
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O ministro da economia Paulo Guedes afirmou na manhã desta 2ª feira (27), ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que o programa Pró Brasil, “na verdade, são estudos” nas áreas de infraestrutura e construção civil para ajudar numa “arrancada de crescimento”.

Junto ao ministro, Bolsonaro deu o aval: “O homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes”.

O programa foi anunciado na semana passada pelo ministro Braga Netto (Casa Civil), sem a presença de integrantes da equipe econômica. Os gastos eram estimados na ordem de R$ 300 bilhões. Guedes era contrário ao programa, que chegou a ser chamado por ele de “novo PAC” (Programa de Aceleração do Crescimento).

“O Brasil vai surpreender o mundo, e o programa Pró Brasil, na verdade, são estudos justamente na área de infraestrutura, construção civil… São estudos adicionais para ajudar nessa arrancada de crescimento que vamos fazer. Não queremos virar a Venezuela. Estamos no caminho da prosperidade, e não no caminho do desespero”, disse.

Guedes também afirmou que “a pauta de reformas segue ali na frente”. Ele disse que o país segue “firme no seu compromisso” e que, em 2020, já voltará a “crescer com investimentos”.

“Vamos fazer saneamento, vamos fazer petróleo e gás, vamos fazer infraestrutura, vamos fazer setor elétrico. Vamos aumentar os salários com aumento de produtividade, estamos privatizando, abrindo a Economia, aumentando os investimentos… O presidente está determinado.”

Um repórter questionou o presidente Jair Bolsonaro sobre o teto de gastos.

“Olha, eu não falo pelo Paulo Guedes, né. Ele que fala por mim nessas questões“, respondeu.

Já o ministro da Economia defendeu o respeito ao teto:

“Se faltasse dinheiro para a saúde para romper o teto, nós até poderíamos romper. Mas não é o caso. (…) Para que falar em derrubar o teto se é o teto que nos protege contra a tempestade? (…) O excesso de gastos de governo corrompeu a democracia brasileira. Estagnou a democracia brasileira.”

Guedes também disse esperar que o funcionalismo público “mostre que está com o Brasil, que vai fazer 1 sacrifício pelo Brasil”.

“Não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia assistindo à crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego. Não. Eles vão colaborar. Eles vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo. Ninguém vai tirar. E o presidente disse: ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum direito que existe hoje. Mas, por atenção aos brasileiros, não peçam aumento também”, afirmou.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto disse que a “concessão de crédito voltou a crescer” e que “obviamente existe ainda uma preocupação do crédito chegar no pequeno, no empresário pequeno, na empresa pequena”.

De acordo com ele, o Banco Central tem a preocupação de que seja mantida a “disciplina fiscal”. É isso que, segundo o presidente da instituição, fará com que “o país consiga viver com juros baixos e inflação controlada”.

 Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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