Coreia do Sul registra forte aumento de casos de coronavírus

    Foto: Divulgação
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    A Coreia do Sul registrou nesta segunda-feira (11) o maior número de casos de coronavírus em mais de um mês, em razão do aparecimento de um foco de contágio em um bairro de vida noturna em Seul.

    O país, que em fevereiro era um dos maiores focos de infecção no mundo, é considerado um modelo na luta contra o vírus. A normalidade começou a se restabelecer na semana passada.

    Neste fim de semana, porém, a capital Seul, a província vizinha de Gyeonggi e a cidade vizinha de Incheon decretaram o fechamento de boates e bares, porque as autoridades temem uma segunda onda epidêmica.

    “O descuido pode levar a uma explosão de infecções”, afirmou o prefeito de Seul, Park Won-soon, antes de informar que a ordem seguirá em vigor por tempo indeterminado.

    Esse ressurgimento de casos ocorre em um momento em que muitos países europeus começam um processo gradual de desconfinamento de sua população.

    A Coreia do Sul registrou 35 novos casos nesta segunda-feira, elevando o número total de pessoas positivas para covid-19 a 10.909, de acordo com o Centro Coreano de Controle e Prevenção de Doenças (KCDC).

    Durante oito dos últimos 12 dias, o país registrou um aumento de um dígito no número de casos.

    Esta manhã, 85 pessoas infectadas foram vinculadas a um homem de 29 anos que deu positivo depois de frequentar cinco boates e bares em Itaewon, um dos bairros mais quentes de Seul, no início de maio, informou no Twitter o prefeito da capital.

    As autoridades municipais convocaram todos os que estiveram na região nas últimas duas semanas para serem submetidos a testes.

    As autoridades de saúde estão tentando localizar “milhares de pessoas” que frequentaram esses estabelecimentos noturnos, disse o primeiro-ministro Chung Sye-kyun.

    O aumento de infecções ocorre depois que o país flexibilizou, na quarta-feira passada, as medidas de distanciamento social em vigor desde março.

    No final de fevereiro, a Coreia do Sul era o segundo país mais afetado pelo coronavírus no mundo, depois da China, onde o vírus apareceu.

    As autoridades conseguiram controlar a situação por meio de uma estratégia agressiva de “rastrear, testar e tratar”, que recebeu elogios do mundo inteiro.

    Locais públicos como museus e galerias de arte acabam de reabrir, e as temporadas de alguns dos esportes profissionais mais populares do país, como beisebol e futebol, acabam de começar, após semanas de atraso. Já as escolas devem retomar as aulas esta semana.

    Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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