Prefeito Arthur Neto reage ofensas de Bolsonaro em vídeo de reunião ministerial

Foto: Divulgação
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O prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) reagiu sobre os insultos do presidente Bolsonaro, presentes em vídeo divulgado pela imprensa nesta última sexta-feira (22), dirigidos a governadores e prefeitos. A reunião divulgada, recheada de palavrões e ameaças, também teve ameaça de prisões.

“Transforma a solenidade de uma reunião de Ministério em uma conversa de malandros de esquina. Quebra a liturgia do cargo. Vulgariza a instituição que deveria saber honrar. Exibe despreparo e me põe a questionar todos os presentes: como um ministro pode, sem se desmoralizar, conviver com uma pessoa dessa baixa extração? Que tempos! Que costumes”, escreveu Arthur Neto.

Virgílio Neto também criticou o “criminoso boicote ao isolamento social” promovido pelo presidente, bem como “seu desprezo aos indígenas e apreço por garimpeiros”. “Trata-se de um ser despreparado, inculto e deseducado”, disse no comunicado.

Além do prefeito Arthur Nerto, o presidente Jair Bolsonaro também criticou os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), os chamando de “bosta” e “estrume” durante a reunião ministerial na qual ele teria pressionado o então ministro da Justiça Sergio Moro para trocar o comando da Polícia Federal.

As críticas de Bolsonaro aos três aconteceram após o trio criticar o presidente por sua condução da crise causada pela epidemia do novo coronavírus no Brasil.

Doria, Witzel e Arthur Neto defendem a adoção de políticas mais restritivas em relação ao isolamento social como forma de combater os efeitos da pandemia. Bolsonaro, por sua vez, defende a reabertura da economia em meio à epidemia.

Amazonas: Preocupação mundial por aumento da Covid

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a América Latina se transformou em “um novo epicentro” da pandemia. A entidade destacou que entre os países, a situação do Brasil é a mais delicada e deu destaque, principalmente, ao índice registrado pelo Amazonas.

“São Paulo, Rio, Amazonas e Pernambuco estão entre os locais mais atingidos. Porém, o estado do Amazonas tem o maior índice, com 490 para cada 100 mil pessoas. A situação mais séria é a do Amazonas. É uma taxa de ataque bem alta”, destacando a preocupação com o aumento rápido e massivo do coronavírus no Estado.

Em um levantamento realizado pela equipe de reportagem do Portal Amazônia sem Fronteiras, a situação do Peru também é bastante complicada. O país luta para resolver grande escalada de casos de coronavírus.

Reportagem: Willian D’Ângelo (Portal Amazônia sem Fronteiras)

 

 

 

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