Governo do AM divulga plano de reabertura do comércio

Foto: Divulgação
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O governador Wilson Lima apresentou, nesta quarta-feira (27/05), o plano de retomada gradual das atividades não essenciais em Manaus, que contempla quatro ciclos e inicia no dia 1⁰ de junho. O plano estabelece regras que deverão ser seguidas pelos setores público e privado incluindo distanciamento, higiene pessoal, sanitização de ambientes, comunicação e monitoramento. O avanço para cada etapa do ciclo dependerá da curva de casos do novo coronavírus (Covid-19) na capital.

Além de protocolos padrão, o plano assegura manutenção de medidas de isolamento para pessoas de grupos de risco para Covid-19, que também devem ser seguidas pelos setores público e privado. No grupo de risco estão pessoas idosas e aquelas com alguma comorbidade como pressão alta, doenças cardíacas e pulmonares, câncer e diabetes.

O plano de retomada foi definido a partir do mapeamento e análise de indicadores sobre a evolução da pandemia e seus impactos, como disponibilidade de leitos e taxa de transmissão e óbitos por Covid-19 em Manaus. Um comitê formado por representantes da área da saúde, ciência e economia é quem continuará avaliando o desempenho dos indicadores a partir da reabertura das atividades. O planejamento contempla, ainda, a continuidade no investimento para ampliar a capacidade de testagem da população.

O comitê poderá corrigir o curso de execução do plano, caso se observe uma tendência de novo pico de Covid-19 em Manaus. Em todas as etapas, o Governo do Estado também manterá interlocução contínua com demais poderes e representantes dos segmentos econômicos.

“Todas as ações que tomamos são responsáveis, equilibradas, levando em consideração uma série de fatores, como diminuição de casos na capital e o aumento da estrutura de atendimento pró Covid-19. Conseguimos aumentar a quantidade de leitos clínicos e UTI e tudo isso fez com que tivéssemos um número de recuperados muito grande”, disse o governador Wilson Lima ao destacar que a taxa de recuperação no Amazonas é de 70%, a maior do país e acima da média nacional, de 40%.

“Dos 33 mil casos confirmados de Covid no estado, temos em torno de 26 mil recuperados. É um índice muito elevado e resultado das ações que o Governo tem tomado, como tratamento precoce na capital e municípios do interior, tudo isso prova que o estado está no caminho certo no combate à pandemia”, frisou o governador.

A secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, disse que o planejamento do Estado para aumento de leitos voltados à Covid continua em execução com cronograma que segue até julho. Ela também destacou avanços que levaram à melhoria da assistência, como o redesenho de protocolos de atendimento, implantação da triagem externa, aumento de ambulâncias para remoções do sistema de regulação, mais insumos e equipamentos.

Cenário atual – O Boletim Epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), de 26 de maio de 2020, aponta desaceleração da evolução da epidemia em Manaus, com redução no número de novos casos de Covid-19 nos últimos dias. O Boletim também demonstra uma queda de 12% no número de óbitos por Covid-19 na capital.

O número de sepultamentos em Manaus, que chegou a 166 em 26 de abril, o maior índice registrado durante a pandemia, alcançou o menor patamar na terça-feira, 26 de maio, com 49 sepultamentos em cemitérios públicos e privados de Manaus.

“Com relação à curva epidemiológica, nós avaliamos as curvas de novos casos e de óbitos na capital nas últimas três semanas, que indicam que temos em Manaus uma estabilização no número de casos, uma tendência de estabilidade. Não estamos dizendo que a pandemia acabou”, frisou a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary da Costa Pinto, ao destacar que o Estado tem hoje melhor capacidade de mapear indicadores para tomada de decisões como o plano de reabertura.

Critérios de reabertura – A definição dos ciclos para retomada de atividades não essenciais considera critérios como número de trabalhadores e clientes/cidadãos em circulação; nível de aglomeração de pessoas; vulnerabilidade do segmento perante à crise econômica; e impactos na cadeia produtiva e na arrecadação.

O plano foi discutido nos comitês de atividades nas áreas de mobilidade urbana, comércio de rua, comércio de shoppings, hotéis, bares, restaurantes, eventos, turismo e economia criativa; agronegócio; educação; construção civil e imobiliárias; e indústria. A proposta elaborada também foi apresentada aos representantes dos demais poderes de Estado.

O governador Wilson Lima também apresentou o plano a representantes dos demais poderes e órgãos do sistema de Justiça. Na reunião por videoconferência, nesta quarta-feira, os representantes do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público do Trabalho, e Câmara Municipal de Manaus manifestaram-se favoráveis à programação.

Outros órgãos apoiaram a iniciativa com ressalvas sobre o impacto da medida no interior do estado e no calendário escolar, como Defensoria Pública do Estado, o Ministério Público Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) e o Ministério Público do Estado. Os representantes elogiaram os dados técnicos adotados pelo governo para a tomada de decisão. A Prefeitura de Manaus se comprometeu a atuar em parceria com o Governo do Estado para a fiscalização quanto ao cumprimento dos ciclos.

Tabelas dos quatro ciclos

REABERTURA GRADUAL – 1º CICLO

– Igrejas e templos (30% de ocupação, com eventos de 01 hora de duração e intervalo de, no mínimo, 05 horas entre um evento e outro);

– Lojas de artigos esportivos e bicicletas (venda e reparo);

– Lojas de artigos para casa;

– Lojas de vestuário, acessórios e calçados;

– Lojas de móveis e colchões;

– Atendimento presencial, médico e odontológico, sujeito a agendamento prévio;

– Joalherias e relojoarias;

– Comércio de artigos médicos e ortopédicos;

– Serviços de publicidade e afins;

– Petshops;

– Lojas de variedades;

– Agências de turismo;

– Concessionárias e revendas de veículos em geral;

– Óticas ;

– Floriculturas;

– Bancas de revista em logradouros públicos.

REABERTURA GRADUAL – 2º CICLO

Em adição às atividades em funcionamento – Início previsto em 15 de junho (grupos de risco não retornam)

– Loja de informática, comunicação, telefonia e materiais e equipamentos fotográficos;

– Lojas de brinquedos;

– Livrarias e Papelarias;

– Lojas de departamentos e magazines;

– Restaurantes, cafés, padarias e fast-food, para consumo no local;

– Comércio de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;

– Lojas de eletrodomésticos, áudio e vídeo;

– Comércio de animais vivos;

– Comércio de bijuterias e semi-jóias;

– Comércio especializado de instrumentos musicais e acessórios;

– Comércio de equipamentos de escritório;

– Escritórios Contábeis;

– Escritórios de Imobiliárias;

– Assistência Técnica de eletrônicos, eletrodomésticos e demais itens;

– Bancas de jornais e revistas em espaços internos.

REABERTURA GRADUAL – 3º CICLO

Em adição às atividades em funcionamento – Início previsto em 29 de junho (grupos de risco não retornam, inicialmente por duas semanas)

– Lojas de artesanatos e souvenires;

– Cabeleireiros, barbearias e outras atividades de tratamento de estética e beleza;

– Comércio varejista de doces, balas, bombons e semelhantes;

– Academias e similares;

– Comércio varejista de artigos de caça, pesca e camping;

– Comércio de objetos de arte;

– Comércio de fogos de artifício e artigos pirotécnicos;

– Comércio varejista de armas e munições;

– Stand de vendas de imobiliárias;

– Reabertura dos parques públicos, aparelhos urbanos e visitas a atrações turísticas.

REABERTURA GRADUAL – 4º CICLO

Em adição às atividades em funcionamento – Início previsto em 06 de julho (grupos de risco voltam às atividades, exceto se não é permitido por ordem médica)

– Creches, escolas e universidades da rede privada;

– Cinemas (capacidade máxima de 50%)

– Outras atividades não contempladas nos ciclos anteriores.

EXCETO:

– Bares, casas de shows e eventos – em data a ser confirmada;

– Escolas das redes municipal, estadual e federal – a definir.

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

 

 

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