EUA registra novo recorde de infecções, enquanto OMS pede ‘luta’ contra a covid-19

    Foto: Divulgação
    - PUBLICIDADE -

    Os Estados Unidos bateram mais um recorde de registro diário de infecções por covid-19 que ofuscou a véspera da celebração do Dia da Independência, num momento em que vários estados retardaram o fim das medidas de isolamento, enquanto a Europa vai voltando ao normal.

    Nesta sexta-feira (3), foram diagnosticados no território americano 57.683 novos casos de coronavírus, o terceiro recorde consecutivo de infecções nesta semana no país.

    Com um total de 2.793.022 infecções, o país mais afetado do mundo deve chegar a três milhões na próxima semana, devido a fortes surtos no sul e oeste. Enquanto isso, as mortes subiram para 129.405.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta sexta-feira (3) aos países afetados pela pandemia que “acordem” e combatam a covid-19 porque os “números não mentem”.

    Já o presidente americano, Donald Trump, que segue sem dar ouvidos às críticas, foi esta sexta ao Monte Rushmore para uma noite de fogos de artifício com milhares de pessoas, na esperança de despertar um sentimento de unidade em um país dividido.

    Em uma publicação no Twitter na noite de quinta-feira, o presidente atribuiu o aumento de casos ao fato de que os Estados Unidos estão aplicando “muito mais e melhores testes do que qualquer outro país”.

    Além disso, acrescentou que “notícias ainda melhores são que as taxas de mortalidade estão caindo”.

    Pelo menos 14 estados americanos estão em sua pior semana desde o início da pandemia, segundo o Washington Post.

    Flexibilidade, apesar do progresso
    O vírus que se espalhou por quase todos os países desde que surgiu na China no final do ano passado infectou pelo menos 11 milhões de pessoas e matou cerca de 525.000, de acordo com um balanço da AFP baseado em fontes oficiais.

    Os contágios também se aceleraram na América Latina e no Caribe, que ultrapassaram a marca de 2,8 milhões de infectados, superando a Europa, que acumula 2,6 milhões de casos.

    Em número de mortes, o continente europeu continua sendo a região mais afetada do mundo, com quase 200.000 vítimas, contra mais de 124.000 na América Latina.

    “É hora dos países olharem para os números. Por favor, não ignore o que os números dizem”, disse Michael Ryan, chefe de emergências da saúde da OMS, em entrevista coletiva em Genebra.

    Na América Latina, a situação do Brasil preocupa, por ser um epicentro regional, com 1.539.081 infecções e 63.174 mortes.

    Enquanto isso, com 245.251 casos, o México ultrapassou a Itália, um dos europeus mais atingidos, que registrou 241.184.

    Nesse contexto, muitos países latino-americanos estão caminhando para a normalização.

    O Uruguai, elogiado por seu bem-sucedido controle do vírus, prepara o aeroporto de Montevidéu para os primeiros voos internacionais no próximo domingo e na segunda-feira.

    O Peru, que ultrapassou a marca de 10.000 mortes por vírus (1.496.858 infecções) e tem hospitais sobrecarregados, anunciou nesta sexta-feira que em 15 de julho retomará o transporte aéreo entre as províncias que saíram do confinamento, incluindo Lima, onde os ônibus já circulam com os passageiros usando máscaras.

    Após quatro meses, o Chile registrou nesta sexta-feira de “números otimistas” em relação à doença. A subsecretária de Saúde, Paula Daza, afirmou que há uma redução no número de infectados e no número de casos ativos. Nas últimas 24 horas, foram registradas 3.548 novas infecções, elevando a 288.089 o total de infectados e a 6.051 a quantidade de falecidos.

    Na Colômbia, a justiça ordenou ao governo do presidente Iván Duque para flexibilizar as medidas de proteção para as pessoas com mais de 70 anos, que tem mais restrições do que o resto dos colombianos durante a pandemia, porque são considerados especialmente vulneráveis

    Fim da quarentena
    Na Europa, onde a propagação do vírus parece controlada, os governos se apressam em anunciar as medidas de flexibilização para tentar salvar a temporada de verão, crucial para muitos países.

    A partir de 10 de julho, os viajantes que chegarem ao Reino Unido procedentes de 73 países e territórios, entre eles a Espanha, França, Itália e Alemanha e nenhum da América Latina, estarão isentos da quarentena de 14 dias imposta por Londres, informou o governo britânico.

    A Espanha, outro país europeu muito afetado pela COVID-19, também anunciou nesta sexta-feira que reabrirá as fronteiras para 12 dos 15 países liberados pela União Europeia, mas não para Argélia, Marrocos e China, até que estes permitam a entrada de pessoas procedentes da Espanha.

    Com as fronteiras fechadas pela pandemia, foi interrompida a grande migração de milhões de marroquinos e argelinos que residem na Europa que atravessam a Espanha todos os anos para passar férias em seus países.

    Na área médica, cientistas de várias partes do planeta lutam contra o tempo para tentar desenvolver uma vacina contra o coronavírus.

    Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

    - PUBLICIDADE -