Um pouco da história do charmoso Copacabana Palace

Foto: Divulgação
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Com inspirações arquitetônicas de prédios da Riviera Francesa, em agosto de 1923 o Copacabana Palace, hoje propriedade da rede Belmond, abria suas portas. Nesta reportagem do jornalista Willian D’Ângelo, o Portal Amazônia sem Fronteiras traz um pouco da história de um dos hotéis mais conhecidos do mundo.

 Ao longo de 97 anos, o hotel se tornou quase uma atração turística aos que visitam a cidade maravilhosa. Construído entre 1919 e 1923, o Copacabana Palace foi erguido a pedido do então presidente Epitácio Pessoa (1919-1922), que desejava que a cidade do Rio de Janeiro – capital do Brasil na época – tivesse um grande hotel turístico.

A intenção era um projeto que ficasse para os anos seguintes, mas o foco inicial para o Hotel era ajudar a hospedar o grande número de visitantes esperados para a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, um evento de dimensões internacionais, realizado na esplanada do Castelo, em 1922.

O empresário Octávio Guinle chamou uma grande equipe para erguer seu hotel, que foi o primeiro grande edifício de Copacabana, cercado apenas por pequenas casas e mansões.

Contudo, os planos de inaugurar o Palace a tempo da Exposição do Centenário não deram certo. A importação de material acabou atrasando a obra, que só ficou pronta no dia 13 de agosto de 1923.

Esse atraso gerou uma polêmica. A área onde o hotel se encontra foi liberada por Epitácio Pessoa quando o mesmo era presidente. Epitácio queria o hotel pronto antes de 1922 (por conta da Exposição do Centenário) e em troca liberou que se fizesse um cassino no Palace.

Como não ficou pronto a tempo da Exposição do Centenário, o presidente Artur Bernardes (1922-1926) tentou caçar o funcionalmente do cassino do Copacabana Palace. Mas ele perdeu na Justiça e essa área do Hotel ajudou a deixar o prédio ainda mais conhecido.

Após a Segunda Guerra Mundial, o presidente Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo no Brasil. O cassino foi transformado em uma casa de espetáculos. Nessa mesma época, o Hotel passou por uma ampla reforma liderada pelo arquiteto Wladimir Alves de Sousa.

As décadas seguintes não foram de tanto glamour. A transferência da capital federal para Brasília, em 1960, e a construção de hotéis mais modernos na Zona Sul da cidade, deixaram as coisas mais complicadas no Palace.

A demolição do Hotel chegou a ser cogitada em 1985. Entretanto, o Copacabana Palace tornou-se patrimônio histórico, sendo tombado nas esferas federais (IPHAN), estadual (INEPAC) e municipal (SEDREPAHC).

Quatro anos mais tarde, em 1989, a família Guinle, representada por José Eduardo Guinle, vendeu o Copacabana Palace ao grupo Orient-Express Hotels, que reabilitou o hotel e passou a se chamar Belmond Copacabana Palace, modernizando as antigas instalações sem descaracterizá-las.

Muitas histórias marcam a memória do Copacabana Palace. Nas suítes do hotel já se hospedaram figuras internacionais, como a cantora brasileira Carmem Miranda, a atriz Ava Gardner, a princesa Diana com o príncipe Charles, o cantor  Mick Jagger; o escritor alemão Thomas Mann, do barão de Rotschild e o rei George VI, pai da rainha Elizabeth II, entre tantas personalidades. Haja espaço para hospedar tantas lembranças.

Reportagem: Willian D’Ângelo (Portal Amazônia sem Fronteiras)

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