Treze homens, incluindo membros de uma milícia de direita nos Estados Unidos, foram detidos acusados de planejar o sequestro da governadora democrata do Michigan (norte), Gretchen Whitmer, ferrenha opositora do presidente Donald Trump, e de incitar uma “guerra civil”, informaram autoridades nesta quinta-feira (8).
Andrew Birge, promotor do distrito oeste de Michigan, disse que seis homens respondem a crimes federais por conspirar para sequestrar a governadora em sua casa de veraneio, situada neste estado do norte dos Estados Unidos.
Segundo o funcionário, os homens vigiaram a casa dela e chegaram a testar um artefato explosivo improvisado, que pretendiam usar para despistar a polícia.
O presidente Trump critica Whitmer com frequência pela gestão da pandemia e centenas de pessoas contrárias ao confinamento, algumas fortemente armadas, se manifestaram várias vezes em Lansig, capital do estado, pedindo a reabertura da economia local.
No fim desse mês, manifestantes armados entraram no Congresso do estado para exigir um relaxamento das medidas sanitárias.
A procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, descreveu o complô para sequestrar a governadora como uma “ameaça séria”.
Além dos seis homens detidos por planejar o sequestro, outros sete integrantes de uma milícia chamada Wolverine Watchmen respondem a acusações estaduais, disse Nessel.
Suspeita-se que tenham tentado identificar residências de policias como alvo para “instigar uma guerra civil”, explicou a procuradora.
Estes sete homens foram acusados de vários crimes, inclusive dar apoio material a atos terroristas, de gangues e violações das normas sobre armas de fogo.
Em meados de março, Gretchen promulgou algumas das restrições mais duras do país para conter a pandemia do novo coronavírus em seu estado, um dos mais afetados pela covid-19.
Os milicianos acusaram a governadora de “tirana” e consideraram vários cenários para sequestrá-la.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras