O voto “Eu aprovo”, a favor da mudança na Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet, lidera com 77,28% os resultados do plebiscito realizado neste domingo no Chile, com 11,28% dos votos apurados. Já o “Rejeito” chega a 22,74%.
A contagem foi iniciada imediatamente após o fechamento das mesas, às 20h00 locais, e, após uma hora, foi confirmada a vantagem da opção “Aprovo” sobre a “Rejeito”.
Na Praza Italia, no centro de Santiago, epicentro dos protestos do ano passado, Sebastián Llanta, um engenheiro de 32 anos, disse à AFP que “o que está acontecendo hoje era algo impossível de imaginar”.
“Está sendo conquistado por tudo o que aconteceu há pouco mais de um ano. Não será como mágica, da noite para o dia, mas o que acontecer agora tem a ver com a contribuição de todos nós”, acrescentou.
Mais de 14,7 milhões de chilenos foram convocados a votar. Com a população usando máscaras e com a esperança de uma mudança, longas filas foram observadas nos centros de votação, onde o processo transcorreu sem incidentes, respeitando as medidas sanitárias para evitar a propagação da covid-19.
A taxa de participação é um dado-chave em uma votação realizada em meio a uma pandemia, em um país onde desde 2012 o voto é voluntário. A referência imediata é a eleição presidencial de 2017, quando foi eleito o presidente Sebastián Piñera em escrutínio que contou com a participação de 49,2% do eleitorado.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras