Uma pesquisa feita pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP), mostra que 93 milhões de brasileiros aptos a trabalhar ficaram desempregados ou não buscaram vagas no mercado de trabalho durante a pandemia de Covid-19. O número representa 53% da população com idade para trabalhar.
Os dados foram levantados após a análise das Pesquisas de Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo IBGE, apresentadas nos três primeiros trimestres de 2020.
Essa é a primeira vez em que o número de trabalhadores inativos ultrapassa a marca de 40%. O maior índice de desemprego, segundo os economistas, foi no segundo trimestre, quando o país atingiu 45,3% de desempregados.
Os pesquisadores somaram todos os dados apurados pelo instituto e chegaram ao número de 53,2% de brasileiros desocupados, seja por falta de oportunidades ou desinteresse em buscar emprego.
Em novembro, uma pesquisa realizada pelo IBGE mostrou que 14 milhões de brasileiros estão desempregados, mas que buscavam oportunidades de trabalho. No levantamento da USP, além desses dados, são computados a população que não quer trabalhar.
Para os especialistas da FEA-USP, a expectativa para 2021 é positiva, mas lembram que os dados só poderão ser revertidos após a imunização em massa da população e incentivos para a retomada da economia.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras