O auxílio emergencial, pago a desempregados, trabalhadores informais e autônomos que ficaram sem fonte de renda por conta da pandemia, não será renovado. Sua vigência acaba no dia 31. A informação foi passada pelo presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores, que se aglomeravam no Guarujá, litoral de São Paulo, na quarta-feira. Aos apoiadores, o presidente reconheceu que os beneficiários querem a renovação do auxílio, mas argumentou que a capacidade de endividamento do país teria chegado ao limite.
O que é contestado pelo professor Mauro Osório, que é economista e diretor da Assessoria Fiscal da Alerj, o governo poderia emitir papel moeda (real) e estender o auxílio emergencial enquanto durar a pandemia de coronavírus.
Ele explica que a emissão não impactaria a inflação e nem as contas públicas. “Injetar papel novo na economia não traria impacto inflacionário que comprometesse o endividamento”, conta Osório.
O economista acrescenta que a extensão do auxílio ajudaria, inclusive, a aquecer a economia. “Os impostos no Brasil são indiretos, como IPI e ICMS, por exemplo. Isso quer dizer que essa população que recebe o auxílio quando faz qualquer compra esse dinheiro volta pro governo”, complementa.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras