O Rio Negro voltou a apresentar uma nova fase de queda em seus níveis após um breve período de “repiquete” — fenômeno caracterizado pela oscilação momentânea das águas, em que ocorre uma pequena subida seguida de nova baixa. O nível das águas, que chegou a estabilizar-se após uma temporada de seca histórica, retorna agora a condições críticas, afetando o abastecimento e a navegabilidade em várias regiões do Amazonas.
A situação do Rio Negro reflete uma estiagem severa, agravada por fenômenos climáticos globais como o El Niño, que alteram padrões de chuvas e resultam em temperaturas elevadas. A seca afeta não só o abastecimento de água para a população, mas também as atividades econômicas e a fauna e flora locais. Além disso, comunidades ribeirinhas e indígenas enfrentam desafios diários com a diminuição de peixes e a dificuldade de navegação em trechos onde o nível do rio está extremamente baixo.
O governo estadual e o município de Manaus têm mobilizado equipes para mitigar os impactos da seca e fornecer suporte a áreas críticas. A Defesa Civil do Amazonas reforça a importância de iniciativas que busquem reduzir os efeitos das mudanças climáticas e alerta a população sobre a necessidade de economizar água.
Especialistas recomendam um monitoramento contínuo dos níveis de água para uma resposta ágil frente à estiagem, com medidas que incluam controle de uso e estratégias de adaptação para as comunidades diretamente impactadas.
Por Portal Amazônia Sem Fronteiras