“Qualquer medida tomada a bordo do Sea Princess foi tomada como excesso de precaução, e não em resposta a uma ameaça específica.”
O que era para ser a viagem da vida de muitos passageiros, que pagaram US $50.000 por um cruzeiro ao redor do mundo, acabou se tornando uma experiência assustadora para muitos deles.
O Sea Princess zarpou de Sidney, para uma viagem de 104 dias, mas o que deveria ser um cruzeiro de luxo, rapidamente se transformou em pesadelo para seus 104 passageiros.
A embarcação virou um “navio fantasma” enquanto navegava por águas perigosas, conhecidas por ser alvo de piratas somalis no Oceano Índico, Mar Arábico, Golfo de Aden e Canal de Suez.
Carolyne Jasinski especialista em mídia australiana, disse ao The Daily Mail que o capitão Gennaro Arma, se dirigiu aos passageiros e os advertiu sobre a ameaça de um ataque ao navio, alertando que “todos devem se preparar para um ataque de piratas”.
“Era um navio fantasma”, escreveu.
Durante 10 dias, precauções foram tomadas contra o ataque. Cortinas e persianas em todo o barco foram fechadas e luzes permaneceram apagadas do anoitecer ao amanhecer. A música ao vivo, bem como os “deslumbrantes shows de mágica”, comédias de stand up e festas de discoteca a bordo do navio, foram todos suspensos.
Nada de festas fabulosas ou discotecas no convés.
Houve também uma simulação de ataque para preparar os passageiros já apavorados. Durante o exercício, eles foram enviados para seus aposentos para passar por uma contagem. Os passageiros foram aconselhados a sentar no chão e se agarrar a objetos, no caso do barco precisar fazer manobras bruscas.
Em caso de uma ameaça direta, os passageiros foram instruídos a bloquear as portas de suas cabines e se refugiar nos corredores, colocando duas portas entre eles e os pitaras.
Um porta-voz do Princess Cruises disse que a empresa não discute procedimentos de segurança específicos, mas diz que precauções sempre são tomadas antes dos seus navios entrarem em “áreas de preocupação”.
“Qualquer medida tomada a bordo do Sea Princess foi tomada como excesso de precaução, e não em resposta a uma ameaça específica. Essas medidas são comuns no ramo do transporte marítimo internacional em determinadas regiões”, disse o porta-voz.
Nos últimos 12 anos, foram registradas seis tentativas de ataques de piratas a navios de cruzeiro. Em março passado, piratas somalis sequestraram seu primeiro navio comercial desde 2012.
Reportagem: Redação