Alerta sobre Contaminação por Mercúrio nos Peixes da Bacia do Rio Madeira
Uma recente análise realizada pelo Programa de Qualidade da Água e Saúde (ProQAS) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) acendeu um alerta sobre a contaminação por mercúrio nos peixes da Bacia do Rio Madeira. Dos 29 exemplares coletados entre Humaitá e Manicoré, 18 apresentaram níveis de mercúrio acima do limite permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Resultados Preocupantes
Os dados revelam uma preocupação significativa, especialmente em relação a duas espécies: o jaraqui e a branquinha. Em algumas amostras, os índices de mercúrio ultrapassaram seis vezes o limite de tolerância estabelecido, o que pode representar sérios riscos à saúde dos consumidores locais.
Consequências para a Saúde Pública
A contaminação por mercúrio é um problema grave, pois pode levar a efeitos adversos à saúde humana, incluindo problemas neurológicos e desenvolvimento comprometido em crianças. A ingestão de peixes contaminados pode resultar em exposição crônica ao metal pesado, o que exige atenção redobrada das autoridades sanitárias.
Ações Futuras e Recomendações
Diante desses resultados alarmantes, especialistas recomendam que as autoridades intensifiquem as campanhas de conscientização sobre os riscos da ingestão de peixes contaminados. Além disso, é fundamental que sejam implementadas estratégias de monitoramento contínuo da qualidade das águas e dos organismos aquáticos na região.
As comunidades ribeirinhas são especialmente vulneráveis a essa questão, uma vez que dependem dos recursos hídricos para sua alimentação e subsistência. A UEA se compromete a continuar suas pesquisas e colaborar com órgãos governamentais para mitigar os impactos da contaminação por mercúrio.
Por Redação Amazônia Sem Fronteiras
Foto: Arquivo/ASF