O estado do Amazonas encerrou o ano de 2024 com um saldo positivo e ganhos que superaram as expectativas. Apesar de enfrentar desafios como a regulamentação da PLP 68/2024, que demandou esforços significativos das lideranças empresariais e políticas, especialmente em viagens a Brasília, o ano foi marcado por importantes avanços.
Além disso, a região também enfrentou uma nova estiagem severa. Contudo, o esforço para a formação de estoques foi fortalecido pelo uso de portos temporários, permitindo uma melhor gestão das demandas. Dados do IBGE revelaram que a produção industrial do Amazonas se recuperou após dois meses de oscilações nos subsetores de bebidas e refino de petróleo, apresentando um crescimento de 4,3% em outubro em relação ao mesmo mês de 2023. Isso contribuiu para um acumulado anual de 2,4% e um crescimento de 1,1% nos últimos 12 meses.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) reportou que o faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM) subiu 7,33% em dólares (totalizando US$ 31,96 bilhões) e 14,43% em reais (R$ 170,44 bilhões) no mesmo período. A média mensal da mão de obra no PIM se manteve acima dos 121 mil trabalhadores, incluindo temporários e terceirizados.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), que também é vice-presidente-executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou que o balanço geral foi “altamente positivo”, com “ótimos resultados e muitos aprendizados”. Ele afirmou que a expectativa é que o faturamento total chegue próximo a R$ 200 bilhões e que a mão de obra também cresça solidamente, atingindo cerca de 125 mil colaboradores no setor fabril.
Uma das principais conquistas do setor foi a preservação das vantagens comparativas da Zona Franca na nova legislação tributária. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) desempenhou um papel crucial nessa articulação, permitindo que o estado assegurasse um tratamento constitucional favorável. O faturamento projetado passou de R$ 188 bilhões para valores superiores a R$ 200 bilhões, com as discussões sobre regulamentações importantes finalmente avançando.
Esses números refletem a resiliência do modelo econômico do Amazonas diante dos problemas estruturais e econômicos enfrentados ao longo do ano. A trajetória positiva indica não apenas um ano extraordinário para o setor industrial, mas também os aprendizados adquiridos ao longo do caminho.
Por Redação Amazônia Sem Fronteiras
Foto: ASF
