Dezessete municípios do Amazonas receberão mais de R$ 32 milhões para a construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) fluviais. O investimento é resultado de trabalho de articulação da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), em parceria com os governos Federal e municipais.
Os 17 municípios, com apoio da Susam, se habilitaram para receber os incentivos por meio da portaria nº 3.410, de 13 de dezembro de 2017, no âmbito do Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS) aos Estados e aos Municípios da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense.
“No caso do Amazonas, a Susam foi responsável em qualificar e preparar os municípios, com suporte técnico e de documentação, para que pudessem se habilitar e participar da portaria”, destaca o secretário de Estado de Saúde, Francisco Deodato.
Ao todo, cada município contará com R$ 1.889.450,00 para a construção das unidades. São eles: Amaturá, Boca do Acre, Caapiranga, Codajás, Guajará, Ipixuna, Itapiranga, Japurá, Juruá, Manaquiri, Maraã, Nova Olinda do Norte, Santa Izabel do Rio Negro, São Sebastião do Uatumã, Tapauá, Urucará e Urucurituba.
Além dos recursos para a construção das unidades, o Ministério da Saúde destina verba mensal para custeio dos serviços nestas embarcações. As unidades com atendimento de saúde bucal recebem um total de R$ 90 mil, enquanto as que não oferecem este serviço recebem R$ 80 mil.
Serviços oferecidos x isolamento – Os serviços das UBS fluviais serão gerenciados pelas prefeituras de cada município. As unidades oferecem vacinação, curativos, pré-natal, exames preventivos, testes rápido de HIV, Sífilis e Hepatite, além de atendimento odontológico e clínico. Caso o paciente necessite de atendimento de alta e média complexidade, ele é encaminhado ao hospital da rede estadual de saúde, na sede do município, onde são atendidos casos de maior gravidade.
De acordo com o gerente de Atenção Básica e Ações Estratégicas da Susam, Jani Kenta, as unidades são essenciais para driblar o chamado “fator amazônico”. “A amplitude da UBS Fluvial é muito importante na assistência de saúde. O barco supera os desafios de atender áreas isoladas, como comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. Em alguns municípios, 50% da população vive na zona rural e tem dificuldade de ir à zona urbana. Este é o melhor jeito de estas pessoas conseguirem atendimento”, explicou.
A ampliação do atendimento de saúde básica contribui de forma direta com o Estado, que é responsável pela saúde de alta e média complexidade. Isto porque, com maior acesso às unidades básicas de saúde, a população não necessita buscar serviços de atenção primária em hospitais e prontos-socorros, desafogando assim as filas por atendimento e diminuindo o tempo de espera nos hospitais.
Rede de atendimento fluvial
Atualmente, 15 municípios já contam com o atendimento de saúde básica fluvial. São eles: Anamã, Barreirinha, Beruri, Borba, Humaitá, Itamarati, Manacapuru, Manicoré, Novo Airão, Parintins, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tonantins, Lábrea e Coari. Em Santo Antônio do Içá, a unidade está passando por adequação. Devem ser inauguradas ainda unidades em Barcelos, Careiro da Várzea, Pauini e Uarini.
Estão em construção UBS fluviais para Benjamin Constant, Careiro Castanho, Fonte Boa, Itacoatiara, Jutaí, Maués, Nhamundá e São Gabriel da Cachoeira, além de duas unidades para atender a zona rural de Manaus.
Redação: Amazônia Sem Fronteiras