Presente na coletiva do governador do Estado, Amazonino Mendes, para a divulgação do balanço de 100 dias do novo governo, o secretário de Saúde, Francisco Deodato, listou entre os principais avanços da pasta no período, a pactuação com as empresas terceirizadas, que resultou num acordo inédito para pagamento de dívidas passadas com cooperativas médicas e empresas da atividade meio. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), R$ 213 milhões já foram pagos às terceirizadas e outros R$ 29 milhões para fornecedores de medicamentos e produtos hospitalares.
Segundo o secretário, todo o planejamento vem sendo feito no sentido de fazer os serviços voltarem à normalidade, como aconteceu a partir do início do pagamento da dívida deixada por gestões passadas e com a reativação de serviços que estavam parados por falta de manutenção de equipamentos em várias unidades.
“Nós recebemos a secretaria com um passivo de sete meses de débito com as empresas da atividade meio e cinco meses da atividade fim, que são as cooperativas médicas, enfermeiros etc. Após 30 dias de análise de todos estes processos, conseguimos um acordo histórico com todas essas empresas, repactuando os débitos anteriores e o processo futuro de trabalho, que é o que nós estamos iniciando nesse exercício de 2018”, afirmou o secretário.
Dos R$ 213 milhões pagos para serviços, R$ 146 milhões foram para as cooperativas médicas, de enfermagem, entre outros profissionais que atuam nas unidades de saúde do estado. Quando a atual gestão assumiu, a dívida com as cooperativas era de R$ 311 milhões, segundo informou Deodato, ao ressaltar outros avanços do setor, como a normalização progressiva dos estoques da Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), encontrada pela atual gestão em situação crítica.
“Recebemos a Cema com o abastecimento de medicamentos de 26% de seu estoque. Conseguimos chegar a dezembro com 40%, estamos em recebimento de medicamentos e, até 30 de janeiro, vamos a 80%”, garantiu. Esta semana, por exemplo, a Cema recebeu a remessa de insulina Lantus, que estava com estoque zerado e agora voltou a atender aos 349 usuários cadastrados no Programa Estadual de Medicamento Especializado (Proeme).
O secretário disse, ainda, que a Susam está revendo a necessidade dos itens que eram comprados e que não são necessários. “Nós recebemos em torno de 1.600 itens e vamos chegar a 1.200, porque é o que o estado precisa. E assim que estamos cumprindo a determinação do governador de arrumar a casa e dizendo aos senhores que, realmente, essa metáfora retrata muito bem a Saúde e não dá para parar. Você tem que consertar com a máquina funcionando”.
Arrumando a Casa – Falando em arrumar a casa, o secretário de Saúde destacou as reformas e melhorias que vem realizando em 12 das principais unidades de saúde do Estado. “O 28 de Agosto (maior Pronto-Socorro do estado) é infinitamente diferente do 28 de Agosto de 90 dias atrás. Não é mais aquela unidade”, comentou.
Deodato se refere ao trabalho de recuperação de vários ambientes e manutenção de equipamentos e móveis, como as poltronas dos acompanhantes reformadas em uma oficina montada pelos servidores no próprio hospital. “Elas ficaram tão bonitas quanto as novas e tão confortáveis quanto. Chegamos lá e encontramos os acompanhantes dormindo no chão”, disse Deodato, ao se referir a uma visita feita ao pronto-socorro, no dia em que assumiu o Susam.
“Eu disse aos senhores, na primeira entrevista, que nós fomos lá no primeiro dia (5 de outubro). Eram 22 horas e nenhum paciente tinha se alimentado naquele dia. Então, este foi o cenário que nós encontramos e, como disse o governador, estaremos fazendo unidade a unidade. Serão 12 nessa primeira etapa”, completou.
Reportagem: Redação Amazônia Sem Fronteiras