Kathellen Sabrina será representante da América Latina em premiação marcada para acontecer em Londres
Uma ideia criativa e sustentável aliada à tecnologia. Foi dessa forma que a pequena estudante do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Itacyara Nogueira Pinho, Kathellen Sabrina dos Santos Lima, de 10 anos, conquistou uma das seis vagas da competição internacional “Micro:bit Global Challenge”, cuja premiação acontecerá no próximo dia 28 de janeiro, no Museu de Londres.
Com o projeto “Boia:bit”, Kathellen tornou-se a única representante da América Latina e será premiada junto com outras crianças representantes da Europa, América do Norte, Ásia e Pacífico, Oriente Médio e África.
O projeto desenvolvido pela estudante foi orientado pelo professor de robótica Tiago Cauassa, que desenvolveu projetos voluntários com crianças, através da empresa Arduino Manaus com a Positivo Tecnologia Educacional, para a utilização do “micro:bit”, um pequeno computador programável.
“Tudo começou quando a Microbit Foundation veio para o Brasil através da Positivo, que é quem representa a placa (micro:bit) aqui no Brasil, com o apoio do Centro de Referência em Inovação Tecnológica. Eles criaram um evento de lançamento dessa placa, no qual ganhei o primeiro lugar com minha equipe. Durante a premiação, nós recebemos uma doação e nos comprometemos a continuar a divulgar a placa, fazer projetos pra que a gente pudesse alcançar um número máximo de crianças, ensiná-las a programar”, explicou o professor.
A partir desses projetos, Cauassa conta que aceitou participar do desafio Micro:bit Global Challenge, lançado pela Fundação Microbit (Microbit Foundation).
“A Microbit Foundation lá em Londres lançou esse desafio no mundo todo. Qualquer criança, entre 8 a 12 anos, do mundo poderia participar. Elas tinham que criar uma invenção usando a micro:bit para tentar solucionar alguns problemas que a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, que são metas globais”, disse.
Depois de pesquisar a respeito dos projetos que poderiam ser desenvolvidos com base nas metas estabelecidas pela ONU, o professor abriu vagas para crianças que tivessem interesse em participar. Foram criados projetos na área da saúde e segurança.
“As crianças que decidiram o que elas iriam fazer. Desenvolvemos vários projetos. Seis foram finalizados depois de três semanas e enviados para Londres para serem avaliados. Conseguimos uma das seis vagas que tinham para o mundo todo”, contou Cauassa.
Ideia sustentável – O projeto de Kathellen, “Boia:bit”, é uma boia feita com isopor com a micro:bit anexada e funciona como um sinalizador para facilitar a identificação do lixo sendo jogado no igarapé. Para a estudante, a ideia é sensibilizar as pessoas sobre a preservação do meio ambiente.
“Eu quis fazer alguma coisa para mudar essa realidade, para que as pessoas parem de jogar lixo nos igarapés. Nunca tinha trabalhado com robótica, mas achei legal a experiência. Estou muito contente por ter vencido e espero que o meu projeto traga mudanças”, afirmou.
O professor Tiago Cauassa destacou a importância da conquista e a satisfação pelo resultado. “Me sinto realizado, porque me dediquei muito. Foi a minha vida durante o ano de 2018. É um prêmio que me deixa muito realizado. Já temos ideias para quando voltarmos de Londres, continuar o projeto, abrir novas turmas e alcançar novas crianças”, ressaltou.
A mãe da estudante, Soraia Brazão, também acompanhará a filha no evento de premiação. “Fiquei super surpresa, devido ao fato de serem só seis vagas no mundo todo. Fiquei muito emocionada. Vai marcar para sempre a minha vida, a dela e do professor. Estou muito orgulhosa. Ela merece”, falou a mãe orgulhosa.
Amazônia sem Fronteiras /Assessoria de Comunicação da Seduc-AM