Museu do Esporte Olímpico é inaugurado nesta segunda-feira (25), na Arena da Amazônia

FOTO: MAURO NETO/SEJEL
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O  local escolhido para acolher esse tesouro cultural e esportivo foi a Arena da Amazônia, um dos cartões postais de maior relevância para o Estado.

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), realizará, na próxima segunda-feira (25/02), às 17h, a inauguração do Museu do Esporte Olímpico. Com cerca de 10 mil peças, entre livros, objetos olímpicos e do esporte em geral, cedidas pelo advogado e colecionador Roberto Gesta de Melo, o local escolhido para acolher esse tesouro cultural e esportivo foi a Arena da Amazônia, um dos cartões postais de maior relevância para o Estado.

“Esse é um grande legado que iremos deixar para as próximas gerações. Tenho certeza que tudo o que foi disponibilizado aqui será de grande valia, principalmente, para os estudantes e atletas, que poderão ver de perto as conquistas olímpicas e conhecer um pouco da história e da importância do esporte para a humanidade”, destacou o titular da Sejel, Caio André de Oliveira.

Colecionador há cerca de 50 anos, Roberto Gesta falou de sua paixão pelo esporte e das oportunidades que teve ao longo da vida, quando adquiriu objetos bastante significativos para o esporte mundial que vão desde a Antiguidade, passam pela Idade Média, Renascimento, Tempos Modernos e chegam à Era Contemporânea.

“Minha coleção abriga mais de 70 mil peças que foram reunidas ao longo do tempo e serviu de objeto de visitação e estudos, em minha casa, por especialistas do mundo inteiro. Inclusive, fizemos reuniões para estudar pontos relativos a controvérsias no esporte e que não estavam bem esclarecidas. Também publicamos várias obras sobre a história do esporte, um retrospecto sobre o Brasil tornar-se uma nação olímpica, entre outros, e isso perdura até hoje”, disse.

Acesso público – Mesmo com toda a contribuição dada por meio desses estudos, surgiu a necessidade de que o maior número de pessoas pudesse ter acesso a esses objetos e também às obras oriundas dessas pesquisas, foi quando surgiu a ideia de compartilhar esse material com toda a população e isso só foi possível por meio da parceria com o Governo do Amazonas.

“Os objetos que irão compor o Museu serão cedidos por um período de 20 anos ao Governo do Estado e tivemos o apoio incondicional do secretário da Sejel, Caio André, e da Secretaria do Estado de Cultura (SEC). As peças ficarão em exposição, inclusive atraindo turistas, porque essa é a segunda maior coleção do mundo de objetos esportivos, ficando atrás apenas do Museu Olímpico Internacional, situado em Lausana, na Suíça”, explicou Roberto Gesta.

Etapas – Organizado em duas etapas, as atividades serão desenvolvidas primeiramente nas instalações cedidas pelo Governo do Estado, por meio da Sejel e Secretaria de Estado de Cultura (SEC), na Arena da Amazônia. A segunda etapa compreende um espaço maior, também na Arena e cedido pelo Governo, mas será algo a ser tratado no âmbito federal, conforme o colecionador Roberto Gesta.

“Há uma perspectiva bastante consistente de que nós vamos conseguir o apoio do Governo Federal nesse sentido, pois é algo que interessa ao Brasil. Não há nada similar, existem museus importantes com a história do futebol, mas nada voltado para os outros esportes e para as modalidades olímpicas”, comentou.

Atividades escolares e acadêmicas – Com a inauguração do Museu do Esporte Olímpico, a visitação de alunos e acadêmicos será estimulada, a fim de que os ideais de paz e confraternização que o olimpismo traz possam ser estudados e para que haja um aprofundamento maior da história dos esportes amazonense e brasileiro.

“Além de permitir o acesso a crianças, jovens e adultos sobre um conteúdo tão rico e vasto que são os esportes olímpicos, acredito que esse aprendizado sobre a nossa história será fundamental para os estudantes e pode ser, inclusive, um meio de formar novos atletas e futuros campeões”, afirmou o secretário da Sejel, Caio André, sobre as possibilidades trazidas pelo Museu do Esporte Olímpico.

Exposição e colecionismo – Na segunda etapa do projeto, as histórias do museu serão contadas por intermédio de todos os segmentos do colecionismo (prática de guardar, organizar, colecionar e expor itens). Entre eles está a filatelia, que é o estudo e colecionismo de selos postais e objetos relacionados, e que já foi fator de obtenção de recursos para a realização dos primeiros Jogos Olímpicos, como conta Roberto Gesta.

“Poucos sabem, mas, em 1896, na Grécia, uma série excepcional de 12 selos foi lançada e ela ajudou nos recursos para a organização dos próprios jogos. Esses selos traziam imagens da época, como prédios da antiguidade grega e imagens dos grandes escultores. Essas e outras muitas histórias serão contadas por meio desses objetos”, garantiu.

Acervo original – Dos objetos a serem apresentados no museu, estarão ainda medalhas olímpicas originais, desde a primeira, em 1986, até as mais recentes. Também serão expostos pôsteres, tochas, mascotes, entradas de jogos, relatórios oficiais das candidaturas dos países aos Jogos Olímpicos, entre outros. A biblioteca, que já está montada e constam mais de oito mil volumes das mais diferentes épocas desde a Antiguidade Clássica (estudos) até as Olimpíadas Rio 2016, será um local onde o conhecimento especializado poderá ser difundido. Para Gesta, os livros são importantes fontes de conhecimento.

“Eu tenho um trabalho na internet para difundir esse acervo e todos esses movimentos que estamos fazendo para contribuir, inclusive, na elaboração de livros especializados dentro, é claro, dos interesses do Amazonas, para que possamos ter uma participação realmente extensa e efetiva no espectro do esporte”, concluiu.

Paixão pelo colecionismo – A vontade de colecionar objetos começou quando Gesta ainda era garoto. Aos sete anos, seu avô, que era colecionador de selos e moedas do Brasil, lhe ensinou a importância e o significado daqueles pequenos objetos que faziam com que o indivíduo pudesse entender como o estudo da história, da geografia e das línguas estrangeiras eram importantes para as pessoas. Nascido em 1945, Gesta falou sobre o quão limitado era o acesso ao conhecimento.

“Quando comecei esse movimento não haviam fontes de informação, então viajei bastante e busquei conhecer fontes de vários outros lugares, e assim fui me formando culturalmente no sentido de dominar essa área. Quanto aos esportes, as pessoas têm pouca noção da importância que eles tiveram no desenvolvimento da humanidade, mas isso vai mudar”, afirmou.

“Desde garoto eu coleciono e enquanto vida tiver, vou estar aqui fazendo essa discussão e promovendo esses cursos, porque acredito estar contribuindo para o interesse social e para a compreensão de nossa história esportiva. Além disso, é como um estímulo aos jovens, para que possam participar do clube de filatelistas, por exemplo, e tenham essa paixão por colecionar objetos, de modo a cuidar e eternizar as histórias contadas por eles. Isso não tem a ver só com o esporte, mas também com outras atividades da vida humana, o que mostra o quanto essa ação é transversal”, finalizou Roberto Gesta de Melo, que em março deste ano completa 73 anos e terá no Museu do Esporte Olímpico, um presente antecipado.

Promoção do esporte – Durante 15 anos, Roberto Gesta atuou como secretário da Sejel e, durante sua administração, além da construção e surgimento da Vila Olímpica de Manaus, foram organizadas várias competições na pista de atletismo da Vila. 

“Fizemos vários eventos ao longo de oito anos na pista de atletismo, dentre eles três Sul-Americanos, um Troféu Brasil, uma Copa América, um Ibero-Americano, um Sul-Americano de Cross Country, um Pan-Americano de marcha atlética, um Sul-Americano de maratona, um Sul-Americano de meia maratona, entre outros, além de um Mundial de corridas de rua em revezamento, que foi realizado na Ponta Negra, com o slogan “Manaus, a capital do atletismo Sul-Americano”, contou.

Estímulo para estudantes amazonenses – Uma das metas da Sejel para o ano 2019 é a fomentação do esporte em todas as escolas estaduais.

“Se todas as escolas estaduais tiverem na grade curricular a educação física ou a recreação, por exemplo, será um grande avanço, porque além de ser uma prática que ajuda no desenvolvimento motor e cognitivo das crianças e jovens, o esporte estimula uma vida mais saudável e é uma ferramenta de inclusão gigantesca”, destacou o secretário da Sejel, Caio André, acerca da importância da prática de esportes nas escolas estaduais.

Amazônia sem Fronteiras / Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer – Sejel

 

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