Amazonas registra casos de gripe por Influenza A (H1N1) e Susam reforça unidades com antiviral

Imagem: Internet
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Até o momento, foram registrados 104 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

A rede de saúde do Estado está em alerta por conta do aumento das síndromes respiratórias agudas causadas por vírus, como o H1N1, da Influenza A. De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas (FVS-AM), o vírus H1N1 está circulando no Amazonas, o que levou a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) a reforçar as unidades com 49 mil capsulas de antiviral, além de definir os protocolos clínicos e manejos dos casos.

Conforme o Boletim Epidemiológico de Vigilância de Síndrome Gripal, até o momento, foram registrados 104 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), das quais, 27 foram positivas para Influenza A (H1N1), em jovens e adultos, e 18 casos positivos para  Vírus Sincicial Respiratório (VRS), em crianças menores de dois anos.

Ainda segundo Boletim da FVS, foram registrados 04 óbitos por SRAG na última semana – 02 em Manaus, 01 de Manacapuru, 01 de Parintins – e outros estão em investigação. Em todos os casos, os pacientes procuraram o serviço de saúde tardiamente. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS) confirmou na tarde da última sexta-feira (22/02) que o agente etiológico nos casos de óbito foi Influenza A, transmitida pelo H1N1.

“Nossa rede está abastecida com a medicação para o tratamento das síndromes gripais agudas e é importante que as pessoas procurem as unidades diante dos sintomas. Principalmente aquelas que estão na faixa de risco e não se vacinaram ano passado, durante a campanha que o Ministério da Saúde realiza em todo o Brasil”, afirma o vice-governador e secretário de Saúde, Carlos Almeida.

Na faixa de risco estão bebês, idosos, pessoas com doenças crônicas, grávidas, mulheres até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, profissionais da educação, povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e profissionais do sistema prisional. A meta da campanha no ano passado era vacinar 90% desse público, mas algumas faixas – gestantes, menores de dois anos e profissionais de saúde – não atingiram a cobertura vacinal necessária.  Foram vacinadas, durante a campanha, 810.093 pessoas com cobertura vacinal de 87,2%.

“O vírus da gripe pode se manifestar de forma grave nas pessoas susceptíveis, por isso, a importância de vacinar. Como a próxima campanha de vacinação está prevista para abril, temos que manter a vigilância e conscientizar as pessoas sobre os cuidados”, disse o secretário. O Governo do Estado preparou uma campanha na mídia para orientar a população.

Período Sazonal – O período sazonal da gripe e das síndromes respiratórias agudas no Amazonas costuma acontecer no início do ano, com intensificação das chuvas. Conforme o boletim da FVS, começou a ser notificado, a partir da segunda semana de fevereiro um aumento de cerca de 50% no atendimento de casos de síndrome gripal na rede de urgência e emergência da Secretaria de Estado de Saúde (Susam).

Desde janeiro, quando começaram a aumentar os casos de internação por doenças respiratórias e gripes, a rede de atenção da capital vem sendo preparado para o enfrentamento de surto. Foram realizadas na FVS reuniões técnicas para alinhamento dos protocolos a serem seguidos para o atendimento prioritário dos pacientes com Síndrome Respiratória Grave nas unidades de urgência e emergência da rede pública e privada de Manaus, além de ações estabelecidas com a Secretaria Municipal de Saúde Manaus (Semsa) para a preparação da sua rede assistencial para o atendimento desses pacientes, inclusive com as Unidades Básicas de Saúde  em horário estendido.

Para a diretora presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, o vírus H1N1 tem alta transmissibilidade, por isso preocupa. “O vírus H1N1 circulou no segundo semestre do ano passado, nas regiões sul e sudeste do país, e, normalmente, esses vírus circula no norte e nordeste no semestre seguinte”, disse.

Ainda segundo Rosemary, antecipando um possível surto, desde janeiro, a FVS abasteceu toda a rede pública e privada da capital e do interior com 49 mil cápsulas de antiviral recomendado para ser utilizado no tratamento da doença, mantendo ainda, um estoque estratégico para atendimentos emergenciais. “Desde janeiro, a rede está sendo preparada para o período sazonal da doença, definindo os protocolos clínicos e manejos dos casos”, acrescentou.

Também iniciou nas maternidades uma campanha para imunização de bebês prematuros contra o Vírus Sincicial Respiratório (VRS) com a vacina Palivizumabe.

Rosemary afirma que a medicação contra a H1N1 tem maior eficiência terapêutica quando ministrada durante as primeiras 48 horas de apresentação dos sintomas da doença. “Gripe não deve ser banalizada e negligenciada, por isso, é preciso ficar atento para não procurar as unidades de saúde em estado crítico”, alertou.

Sobre a influenza – Considerada uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, caracterizada por febre alta de início súbito, acompanhado por intensas dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor de garganta e coriza.

A gripe é transmitida pessoa a pessoa, ao falar, tossir, espirrar, principalmente, e pelas mãos que transmitem o vírus por contato direto ou contaminando superfície e objetos. Portanto, a FVS recomenda a lavagem frequente das mãos, o uso de álcool gel, evitar aglomerados e evitar a exposição de menores de cinco anos ao clima chuvoso.

Amazônia sem Fronteiras / Fonte: Assessoria SUSAM

 

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