A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), aumentou a capacidade de realização de videolaparoscopia – procedimentos minimamente invasivos – para pacientes com câncer que precisam passar por cirurgias no aparelho digestivo.
A unidade recebeu, no início de junho, material descartável para realizar, na rotina, os procedimentos que estavam sendo feitos de forma esporádica.
A primeira paciente beneficiada com a chegada do material foi uma mulher de 59 anos, que luta contra um câncer de reto. Ela passou por cirurgia na última quinta-feira (13/06), sob o comando do cirurgião especializado em aparelho digestivo da FCecon, Sidney Chalub.
Testemunha de Jeová, a paciente não poderia passar por cirurgia convencional. “É uma cirurgia oncológica minimamente invasiva por videolaparoscopia para evitar sangramento e evitar o risco de transfusão de sangue. É uma forma de respeitar a convicção religiosa da paciente”, explicou Chalub.
*Retomada –* A FCecon estava sem o material no estoque há alguns meses. Além dos tumores de intestino, os itens também podem ser utilizados em tumores de colo de útero e ovário.
“Um procedimento que era feito de forma esporádica vai ser feito de forma rotineira, vai fazer parte do protocolo da FCecon, com a chegada do material”, comemora Sidney Chalub, destacando que, em média, poderão ser realizadas até cinco cirurgias por semana com os novos equipamentos.
*Benefício –* A videolaparoscopia é um procedimento cirúrgico que não necessita de grande incisão e, portanto, não resulta em grande cicatriz. O método tem menos agressão cirúrgica, menos sangramento e a recuperação do paciente tende a ser mais rápida, assim como o processo de alta, que acaba sendo mais precoce quando comparado à cirurgia convencional.
Para o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gérson Mourão, a chegada dos materiais laparoscópicos representa um ganho aos pacientes e ao corpo clínico da Fundação.
“Nossos pacientes vão poder passar por procedimentos cirúrgicos mais modernos e com previsão de alta mais rápida. Isso é bom para quem faz o tratamento e bom para o hospital, porque reduz os gastos com internação”, afirmou Mourão, reforçando que o hospital tem buscado melhorias constantes.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras