A surdez é uma deficiência que não é visível fisicamente, suas conseqüências, no entanto, são grandes no que se diz respeito ao desenvolvimento emocional, social e educacional. Afeta também a família criando a necessidade de apoio e guia àqueles próximos do deficiente auditivo. Apesar disto, a satisfação de resoluções dos problemas acompanha o esforço.
A criança precisa de apoio terapêutico no seu desenvolvimento. Deve-se realizar então avaliação audiológica para saber o tipo e grau da perda auditiva, acompanhamento do Audiologista para seleção, adaptação e indicação do aparelho auditivo e um Programa de Habilitação Sistematizado com intuito de integrá-lo a sociedade, minimizando os efeitos da deficiência auditiva e melhorando a qualidade de vida. Para que isto ocorra é necessário que a família tenha uma orientação precisa sobre como lidar com seu filho com problemas de audição.
O papel da família na reabilitação ou habilitação da criança deficiente auditiva é fundamental. Tudo é novo, tanto para os pais que tem um filho com esta problemática, quanto para a criança, que está descobrindo um “mundo novo”. O papel do Fonoaudiólogo é de mediador ou facilitador no crescimento da criança. É importante destacar que ele possui o conhecimento científico o qual propicia o alcance dos objetivos do tratamento, mas não é o único responsável pelos resultados, já que cada criança e família possuem características e um ritmo de vida própria, o que refletirá nos ganhos obtidos.
É necessário que as produções comunicativas do adulto sejam bem orientadas, se não, as atividades de expressões, verbal e gestual, podem se tornar improdutivas. Os pais, inconscientemente e desde bebes, ensinam as regras da comunicação para o filho, então é preciso garantir atitudes de ajustes na comunicação perfeitamente compatíveis com as necessidades das crianças com perda auditiva.
Com o intuito de que a família participe desta construção em conjunto com o Fonoaudiólogo através de dinâmicas familiares é de suma importância que a criança esteja inserida em um Programa de Reabilitação ou Habilitação sistematizado.
Por: Fernanda Lobão