Ataque de coalizão liderada pelos EUA mata 100 crianças na Síria

    Foto: ANSA
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    “Há sete anos o país é palco de crimes de guerra e contra a humanidade de ‘ferocidade e brutalidade sem iguais’.” Afirma, Del Ponte.

    Um ataque da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos teria matado cerca de 100 menores de idade em um campo de treinamento do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em Deir az Zor, no leste da Síria.

    A informação é da emissora “Al Arabiya”, cuja sede fica nos Emirados Árabes Unidos, mas é controlada pela Arábia Saudita, dois países que integram a coalizão. A notícia também foi veiculada por um grupo de ativistas anti-EI que trabalha de maneira clandestina na região.

    O bombardeio ocorreu na madrugada entre sábado (5) e domingo (6), em uma área situada a 50 quilômetros da fronteira com o Iraque. Segundo os ativistas, milicianos do Estado Islâmico cercaram a zona do ataque e impediram o acesso de civis. A área também concentra a maior parte dos jihadistas que chegam à Síria a partir da Ásia Central e do Extremo Oriente.

    No entanto, até o momento a ação não foi confirmada oficialmente. A notícia chega um dia depois de a suíça Carla Del Ponte ter renunciado a um assento na comissão independente formada pelas Nações Unidas para investigar violações cometidas durante a guerra na Síria.

    Em entrevista concedida à “ANSA” nesta segunda-feira (7), Del Ponte afirmou que há sete anos o país é palco de crimes de guerra e contra a humanidade de “ferocidade e brutalidade sem iguais”. “A comissão fez inquéritos preliminares que deram em nada, e o Conselho de Segurança nunca se mexeu. Agora chega, essa situação é inaceitável, uma vergonha”, disse.

    Rica em recursos hídricos e energéticos, Deir az Zor é um dos últimos bastiões urbanos do Estado Islâmico e deve ser alvo de uma iminente ofensiva das forças do presidente Bashar al Assad, apoiadas por milícias iranianas e pela Rússia. Com informações da ANSA.

    Reportagem: Redação

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