Após a conquista do heptacampeonato brasileiro junior e ser vice-campeão na categoria geral, o atleta Mário Neto garantiu, pela segunda vez, vaga para disputar o mundial de Tiro Prático na Tailândia em 2020. Com apenas 19 anos e há 7 no esporte, o atleta coleciona diversos títulos e este ano carimbou seu passaporte, para o país asiático com o vice-campeonato na categoria mais disputada, o OVERALL, além da conquista do campeonato na categoria junior.
Neste ano, o esporte teve um número elevado de atletas, em torno de 1200, que proporcionou uma disputa maior nas categorias. A final aconteceu na cidade de Viamão no Rio Grande do Sul e apesar da diversidade climática, Neto obteve o título e a vaga para o mundial. Após a mudança de divisão, saindo da Standard para Production Optics, o atleta não conseguiu participar de todas as etapas devido a troca de equipamento, “Após a mudança de categoria, precisei de uma arma adequada e só chegou no meio do ano, mas eu tinha que dar o máximo para conseguir a vaga para o mundial e consegui pela segunda vez”
O esporte ainda enfrenta dificuldades de apoio e preconceito por envolver armas de fogo, a espera por todas as licenças necessárias dura em média 1 ano, até o atleta receber seu armamento. Hoje para a aquisição uma pistola por exemplo, o competidor é submetido a exames psicológicos e testes práticos, além de enfrentar uma severa burocracia imposta pelo Exército Brasileiro, órgão responsável pelo controle de armamentos para atiradores desportivos.
O alto custo dos armamentos e munições é outro item que restringe o desenvolvimento do esporte. Para uma preparação de uma competição nacional e internacional, o atleta chega a fazer mais de 15 mil disparos nos treinos. Em países onde existe apoio a diferença é grande, os atletas fazem cerca de 100 mil disparos antes das competições. O Brasil é considerado o terceiro país no ranking do tiro esportivo, perdendo apenas para os Estados Unidos e o Canadá.
Para Neto, o tiro prático exige algumas qualidades que possui, como autocontrole, concentração e velocidade, “O tiro prático é um esporte que exige muita concentração, velocidade e serenidade, algumas qualidades que eu sempre tive”.
CARREIRA
O atleta manauara compete desde os 10 anos por influência do pai, que o levava para competições de ar comprimido e tiro de precisão, onde obteve destaque rapidamente. Aos 12 anos, Neto iniciou na categoria adulto, mediante alvará judicial e continuou a obter êxito, conseguindo excelentes resultados inclusive com projeção nacional.
Em 2017, Neto disputou pela primeira vez o mundial na França e conseguiu ficar em 3º lugar na divisão STANDARD. Esse título abriu os horizontes do atleta para uma possível projeção internacional, que se confirmou neste ano, onde pela segunda vez conseguiu vaga na competição disputada na Tailândia, que reúne mais de 1500 atletas de 100 países e o nível técnico é acima da média.
Segue abaixo o currículo esportivo do atleta:
* VICE CAMPEÃO BRASILEIRO 2019 DE TIRO PRÁTICO – OVERALL
* CAMPEÃO BRASILEIRO 2019 DE TIRO PRÁTICO DIVISÃO STANDARD
* CAMPEÃO BRASILEIRO 2018 DE TIRO PRÁTICO DIVISÃO STANDARD – OVERALL
* BICAMPEÃO BRASILEIRO 2018 DE TIRO PRÁTICO DIVISÃO STANDARD – CLASSE MASTER
* 3° LUGAR MUNDIAL DE TIRO PRÁTICO 2017 DIVISÃO STANDARD – CATEGORIA JUNIOR
* BICAMPEÃO BRASILEIRO 2016/17 DE TIRO PRÁTICO DIVISÃO STANDARD – CATEGORIA JUNIOR
* CAMPEÃO BRASILEIRO 2017 CLC E VICE CAMPEÃO DE SAQUE RAPIDO – ON LINE
* CAMPEÃO PANAMERICANO 2015 DE TIRO PRÁTICO DIVISÃO STANDARD – CATEGORIA JUNIOR
* CAMPEÃO BRASILEIRO 2013 DE TIRO PRÁTICO DIVISÃO LIGHT – CATEGORIA JUNIOR
* TRICAMPEÃO AMAZONENSE DE TIRO PRÁTICO DIVISÃO STANDARD – OVERALL
Reportagem: Redação Portal Amazônia sem Fronteiras