Autoestima é viver de bem com a própria vida ao dedicar importância a você mesmo. Apesar de ser um valor que o indivíduo agrega a si próprio, o tema requer, inicialmente, análise de como e em que nível outras pessoas têm influenciado a sua felicidade, já que muitas vezes esse “poder de terceiros” pode ser negativo e até opressivo. Posteriormente, é preciso avaliar a importância de seus sentimentos e a forma como você os julga, afinal conscientizar-se deles é um passo decisivo para poder determinar, com propriedade, seu senso crítico e de valorização.
Ela resulta da soma de dois aspectos inter-relacionados – a noção da eficiência pessoal (auto eficiência) e a de valor pessoal (autor espeito) – que, integrados, produzem uma qualidade de vida plenamente realizável. A auto eficiência significa confiança no funcionamento de nossa mente, na capacidade de pensarmos, nos processos por meio dos quais refletimos, compreendemos, escolhemos e decidimos com segurança. O autor espeito, por sua vez, significa certeza de nossos valores; uma atitude afirmativa diante de nosso direito de ser feliz; a sensação de conforto ao reafirmar de maneira apropriada os nossos pensamentos, vontades e necessidades.
Afinal, para que precisamos de auto-estima?
Ela fortalece, energiza, motiva e inspira a pessoa a buscar resultados, proporcionando prazer e satisfação decorrentes de realizações e conquistas. Observe que hoje, mais do que nunca, tal necessidade psicológica também se tornou uma necessidade econômica, um requisito para a adaptação em um mundo cada vez mais complexo, desafiador e competitivo.
Quando positiva, a autoestima funciona como se fosse o sistema imunológico da consciência, fornecendo resistência, força e capacidade de regeneração. Ao contrário, quando esta é negativa, a resistência diante da vida e de suas adversidades diminui. Neste caso, o sujeito se vê em pedaços frente a obstáculos e frustrações que poderia superar, caso tivesse uma percepção mais clara dele mesmo.
Imagem e Autoestima
Muitas pessoas necessitam sentir-se aceitas pelas outras pessoas para se sentirem valorizadas. Note, neste caso, que o poder exercido pela imagem é crucial para a autoestima, pois é através dela que o sujeito se faz aceitável ou não ao olhar dos demais. Esta necessidade de aprovação é tão grande que mesmo que não haja ninguém presente para ver o que você está fazendo, “os outros” continuam a influenciá-lo, uma vez que a imagem que você tem de si mesmo reflete a apreciação alheia, fazendo-o sentir-se valorizado por fazer aquilo que, normalmente, seria aprovado pelos outros. Este tipo de situação tende a elevar sua autoestima, porém ela cairá repentinamente, se você não obter aprovação e reconhecimento dos demais.
Autoestima e Relacionamentos Saudáveis
Quanto mais alta for a autoestima, mais aberta, honesta e adequada será nossa comunicação, porque acreditamos e valorizamos nossas opiniões. A clareza aqui é apreciada, não temida. Entretanto, quanto mais baixa for a autoestima, mais nebulosa, evasiva e imprópria será a comunicação, devido à incerteza quanto aos próprios pensamentos e sentimentos e à ansiedade diante da reação do outro.
Quem tem autoestima elevada está mais predisposto a estabelecer relacionamentos saudáveis que o alimente, não que o intoxique. O fato é que o semelhante atrai o semelhante. Sua vitalidade e expansividade naturalmente atraem pessoas com boa autoestima. Da mesma forma, a baixa autoestima busca a baixa autoestima nos outros – de uma forma involuntária, inconsciente.
Por isto, quanto mais saudável for a nossa autoestima, mais nos respeitaremos e mais propensos seremos a tratar os outros, da mesma forma, com respeito, benevolência e boa vontade– uma vez que não tendemos a percebê-los como ameaça. Enfim, a autoestima elevada é a base para a felicidade pessoal.
Por: Fernanda Lobão