Bebida de açai, creme de píquia e embalagem de casca de cupuaçu são ideias inovadoras apresentadas em Seminário de empreendedorismo

ÉRICO XAVIER/AGÊNCIA FAPEAM
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Os projetos desenvolvidos com apoio do Governo do Estado por meio da Fapeam alavancam o cenário de empreendedorismo e inovação no Amazonas

Que tal uma bebida à base de açaí capaz de prevenir doenças cardiovasculares? Ou um creme feito a partir do extrato de piquiá, fruto típico da região, para combater as temidas celulites? Esses são alguns dos produtos desenvolvidos por empresas apoiadas pelo Governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com a Agência Brasileira de Inovação (Finep). Os resultados, desses projetos e, de mais 50 empresas serão apresentados durante o Seminário de Avaliação dos Projetos de Inovação.  O evento acontece nos dias 26 e 27 de abril, a partir das 8 horas, no Hotel Caesar Business, localizado na Avenida Darcy Vargas, Chapada, na Zona Centro-Sul de Manaus.

A ação desenvolvida pelo Governo do Amazonas via Fapeam promovem o desenvolvimento econômico e incremento da competividade de micro e pequenas empresas no Estado. Além de alavancar o cenário de empreendedorismo e inovação no Amazonas e contribuir na geração de emprego e renda para população.

No seminário, os empreendedores terão a oportunidade de apresentar os produtos desenvolvidos pelas empresas e compartilhar experiências com os demais micro empresários.

Produtos Inovadores – O aproveitamento de resíduos da casca do cupuaçu para produção de embalagens ecológicas é um dos trabalhos que serão apresentados no dia do seminário. O projeto desenvolvido pela empresa Bombons Finos da Amazônia já utilizava parcialmente o cupuaçu na produção de embalagens, mas o percentual de aproveitamento ainda era baixo em torno de 20%. O restante era perdido ou transformado em adubo orgânico.  Com o projeto, a ideia foi utilizar 100% do fruto, desde a polpa para a produção dos bombons, até a finalização, com a confecção das embalagens. Para isso, a empresa firmou uma parceria com o grupo de pesquisa em materiais de engenharia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que já trabalha com alguns tipos de madeiras e vegetais na elaboração de placas.

Para o empresário, Jorge Alberto da Silva, os benefícios desse projeto vão além do lançamento de um novo produto no mercado. De acordo com ele, na agroindústria que fica localizada na estrada de Balbina, onde é feita a compra e o processamento da polpa de cupuaçu, há um desperdício em torno de 70 toneladas de cascas do fruto por safra. “Utilizamos uma parte para produção de embalagens com a própria casca, mas esse é um número pequeno ainda. Queremos aproveitar muito mais através da confecção desses painéis”, destacou.

Outro projeto desenvolvido são os pães amazônicos. Os produtos feitos a partir das fibras do caroço do açaí e do ouriço da castanha são opções para dietas alimentares de pessoas com restrição a glúten, lactose ou gordura.

De acordo com o empresário Jorge Carlos Neves, a empresa criou simplesmente pães integrais ou light, mas sim novas formulações em interação com processos para desenvolver alimentos naturais, saudáveis, funcionais, sem glúten, açúcar, lactose ou gorduras.

 

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