O primeiro-ministro britânico Boris Johnson, hospitalizado há uma semana com covid-19, agradeceu neste domingo ao serviço público de saúde, o NHS, por ter salvado “sua vida”. Ele deixou o hospital hoje pela manhã.
“Nunca agradecerei o suficiente” a equipe do NHS, “devo a eles minha vida”, disse Johnson, em sua primeira declaração oficial desde a segunda-feira passada, quando foi hospitalizado na unidade de terapia intensiva do Hospital St Thomas.
Segundo a imprensa britânica, o líder conservador de 55 anos, que deixou os cuidados intensivos na quinta-feira, se distrai fazendo sudokus e assistindo a filmes, como a comédia romântica “Love Actually”.
Sua namorada Carrie Symonds, de 32 anos e que está grávida, enviou a ele uma cópia de seus últimos ultrassons.
“O primeiro-ministro continua melhorando”, declarou no sábado o ministro do Interior, Priti Patel, em entrevista coletiva.
Johnson contraiu a COVID-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no final de março. No Reino Unido, a pandemia já causou 9.875 mortes.
O agradecimento público ocorre em um momento em que aumenta o descontentamento entre os profissionais da saúde, denunciando a falta de equipamentos de proteção.
A Associação Real de Enfermeiros (RCN), o maior sindicato do setor, aconselhou seus membros a se recusarem a trabalhar “como último recurso” no caso de uma grave falta de equipamentos de proteção.
“Para o pessoal de saúde, isso é contrário aos seus instintos. Mas a segurança não deve ser comprometida”, explicou um porta-voz do sindicato à agência de notícias britânica PA.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras