Ao longo de 105 anos e muita rivalidade, Brasil e Argentina escreveram belas páginas na história de um dos maiores clássicos do mundo.
Um duelo que transcende o tempo, repleto de emoção, alegrias, tristezas, gols, títulos e craques. De Pelé a Maradona, de Garrincha, Rivelino e Ronaldo a Di Stéfano, Kempes e Messi, o encontro terá mais um capítulo hoje, às 21h30, no Mineirão. Apesar de o futebol das duas equipes atualmente não encantar, vale um lugar na final.
Hoje será a primeira vez que Brasil e Argentina se enfrentam em uma semifinal continental — decidiram o título em três ocasiões (1937, 2004 e 2007). Os hermanos, inclusive, levam vantagem na competição, com 15 vitórias, enquanto o Brasil venceu nove jogos (houve oito empates). Detalhes que compõem a trajetória do centenário duelo, que começou oficialmente no dia 20 de setembro de 1914, em Buenos Aires, com vitória dos hermanos: 3 a 0.
De lá para cá, segundo dados da CBF, foram mais 100 partidas, com 42 vitórias do Brasil, 37 da Argentina e 26 empates. Como rivalidade pouca é bobagem, a Associação do Futebol Argentino (AFA) registra 99 clássicos, com 38 vitórias para cada lado. Nem na Fifa há consenso sobre o duelo: seriam 105 clássicos, com 41 vitórias da Amarelinha, 38 da Alviceleste.
Hoje, no Mineirão, será a vez de Messi, Everton & Cia aumentarem as estatísticas de gols do confronto. A CBF registra 163 do Brasil e 157 da Argentina. Pelé, com oito, é o artilheiro do clássico. Messi, com quatro, aparece em sétimo na lista de goleadores. Mas espera levar a Argentina à final e quebrar o jejum de 26 anos sem títulos. Ao Brasil resta bater o rival, ir à decisão e tentar manter a hegemonia de conquistas de Copas América em casa (1919, 1922, 1949 e 1989). A sorte está lançada.
Brasil e Argentina se enfrentam nesta terça-feira, às 20h30 (horário de Manaus) fazendo o maior clássico das Américas. Tentando exorcizar os fantasmas do Mineirão (local dos 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014), a irregular Seleção Brasileira, do técnico Tite buscará a vitória hoje a noite. O árbitro da partida será o equatoriano Roddy Zambrano.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras