O Brasil ultrapassou a marca de 200 mil mortes pela covid-19 confirmadas nesta quinta-feira (7), pouco mais de dez meses depois da confirmação do primeiro caso da doença, em 26 de fevereiro de 2020. De lá para cá, o país passou por medidas mais duras de isolamento, que foram perdendo a força com a diminuição de casos diários. No cenário recente, os registros de infecções do novo coronavírus voltaram a crescer com força. Durante todo esse período, a população lidou com posturas controversas do governo e muitas famílias sofreram com a perda de seus entes queridos. Mesmo com o avanço dos estudos de vacinas contra a doença, os brasileiros ainda não têm uma data exata de início da vacinação no planejamento do Ministério da Saúde, enquanto 50 países mundo afora já começaram a imunizar sua população.
No dia 17 de dezembro, o Brasil voltou a registrar mil mortes diárias depois de uma pequena queda na incidência de casos da covid-19. O período em que a pandemia esteve mais branda, no entanto, fez com que restrições fossem abandonadas e o país voltasse ao patamar anterior. Nas últimas 24h, foram 1000 óbitos, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa, que contribuíram para as 200 mil mortes pela covid-19 no país.
Ainda sem vacinação disponível, as tão advertidas aglomerações têm sido novamente frequentes, o que aumenta consideravelmente as chances de contágio e transmissão do novo coronavírus. Com a reabertura das cidades, um grande número de pessoas passam a transitar diariamente para seus trabalhos e “só os meios de transporte já são um importante motivo para o contágio”, como explica a infectologista Isabella Albuquerque, coordenadora do Serviço de Higiene e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital São Vicente de Paulo.
“A curva voltou a crescer de forma mais acelerada, quer dizer que nos aglomeramos mais, que nos protegemos menos. E isso presenciamos diariamente na mídia. Além disso, uma parcela da população parece não entender a real gravidade da situação e continua aglomerando para o lazer. Vários, inclusive, sem máscara. Praias lotadas, bares, restaurantes. Esses preocupam ainda mais, pois são os locais em que as máscaras são removidas, aumentando sobremaneira o risco da disseminação do vírus”, ressalta.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras