A vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia, ontem, esteve longe de empolgar a fria torcida presente ao Morumbi. Serviu, ao menos, para assegurar a liderança do Grupo A da Copa América e manter a invencibilidade de 55 anos da Seleção jogando em São Paulo.
Diante de uma Bolívia recuada, o Brasil até dominou o adversário. Com marcação alta, ditou o ritmo e, através de rápidas trocas de passe, esteve o tempo todo perto do gol. Que. no entanto, não saiu no primeiro tempo. Muito em razão de certa apatia dos meias e da afobação dos atacantes, que esbanjaram falta de capricho nas finalizações.
Mais na base da transpiração do que da inspiração, o Brasil, a rigor, não criou uma chance concreta para abrir o placar, embora tenha tido 75% de posse de bola. A torcida, que incentivou a equipe de Tite quando a bola rolou, demonstrou certa frustração após os primeiros 45 minutos, com vaias aos jogadores e gritos de ‘Fora, Tite’ no intervalo.
A revolta vinda da arquibancada teve reação imediata. Logo aos três minutos da segunda etapa, Richarlisonn chutou, a bola bateu no braço de Jusino na área, e o Árbitro de Vídeo (VAR) viu pênalti. Philippe Coutinho cobrou, aos 4, abriu o placar e deu a impressão de que a ‘porteira’ seria aberta.
Até porque, aos 7, o mesmo Philippe Coutinho aproveitou cruzamento de Firmino e ampliou: 2 a 0. Com a vantagem, porém, Tite mexeu na equipe e o ritmo caiu. Diante de uma Bolívia conformada com a derrota e o Brasil satisfeito com o placar, Everton ainda marcou o terceiro, em bela finalização, aos 39, só que faltou mais vontade em busca de uma estreia mais convincente.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras