Chile segue com protestos violentos e Piñera faz reunião de emergência

     O presidente do Chile Sebastián Piñera fez, nesta quarta-feira, uma reunião de emergência na tentativa de frear ondas violentas que algumas cidades do país têm vivido, principalmente a capital, Santiago. Piñera pediu ao parlamento que aprove iniciativas para reprimir atos de vandalismo e fortalecer a polícia.

    Os projetos fazem parte da chamada “agenda de segurança”. A terça-feira chilena foi marcada por mais uma jornada de protestos no Chile, com forte repressão policial.

    O presidente disse que “ontem o país viveu mais um triste dia de destruição, que causou angústia e medo aos chilenos”.

    Além da capital, Santiago, as cidades de Tarapacá, Valparaíso e Biobío também registraram manifestações, com ônibus e supermercados incendiados e lojas saqueadas. Segundo o governo chileno, os carabineros, a polícia chilena, trabalhou durante todo o dia na tentativa de reestabelecer a ordem pública.

    A repressão policial já levou a mais de 20 óbitos no país.

    Agenda de segurança
    Mesmo com o uso desproporcional da força por parte da polícia, o país deve fortalecer sua repressão aos protestos. Entre as propostas de Piñera estão o projeto de lei anti-roubos, que endurece as sanções contra os crimes de roubo cometidos em manifestações ou situações de calamidades públicas ou de alterações da ordem pública.

    Outra medida é uma lei para punir com mais rigor o delito de desordens públicas, quando a pessoa que o comete oculta o rosto com máscaras ou qualquer outro instrumento que não a permita ser identificada. Há também uma lei que combate o uso de barricadas e outros elementos que dificultem a livre circulação de pessoas e veículos.

    Além disso, o presidente quer modernizar a polícia e estabelecer um estatuto de proteção para as forças policiais e de segurança, que “regulará mais fortemente os números ou ataques prejudiciais cometidos contra a polícia, quando esses atos são cometidos contra funcionários por causa de sua posição ou no exercício de suas funções”.

    Reportagem; Redação Amazônia sem Fronteiras

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