Cientistas querem ‘desmatamento zero’ na Amazônia

    Um artigo publicado na revista “Land Use Policy”, elaborado por pesquisadores do Instituto Ambiental de Pesquisa da Amazônia (IPAM) e do Woods Hole Research Center, dos Estados Unidos, mostra pela primeira vez como a implementação de estratégias específicas para as quatro grandes categorias fundiárias pode levar ao desmatamento zero na Amazônia e, ao mesmo tempo, estimular o desenvolvimento sustentável na região. Os autores do texto propõem o que chamam de “equação do uso do solo” – um plano que considera a complexidade da Amazônia, bem como particularidades e necessidades de cada setor e estado.

    Eles sugerem ações em quatro frentes: áreas não designadas, terras públicas hoje à mercê da grilagem; áreas privadas onde há vegetação nativa além do estabelecido por lei; propriedades privadas de médio e grande porte; e áreas de produção familiar.

    “O Brasil pode provar aos outros países que é possível conter o desmatamento e aumentar a produção, ajudando a alimentar o mundo enquanto combate as mudanças climáticas e promove o desenvolvimento regional. Tudo ao mesmo tempo e com ganhos reais ao meio ambiente e às pessoas”, diz o diretor-executivo do IPAM e um dos autores do estudo, André Guimarães.

    “Mas isso pressupõe promover investimentos inteligentes no campo, manter e fortalecer as políticas ambientais existentes no país e acabar com o desmatamento ilegal, como exigido no Acordo de Paris.

    Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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