A Colômbia aumentará a presença de militares na fronteira da Amazônia que compartilha com o Brasil e o Peru devido a pandemia da covid-19 que atinge a região e que já afetou um presídio da região.
“Foi tomada a decisão de militarizar, com mais presença, todos os pontos de fronteira e exercer o controle respectivo para impedir a chegada de casos importados de populações da área”, declarou o presidente colombiano, Iván Duque, nesta terça-feira num pronunciamento na televisão.
Na fronteira com o Peru e o Brasil, o país mais afetado pela pandemia na região, a Amazônia colombiana é o estado com a maior taxa de infecção do território colombiano por taxa de habitantes, com 94 pessoas infectadas para cada 10.000 cidadãos.
Dos dez primeiros casos detectados em Letícia, capital do departamento, cinco foram importados do Brasil, onde o presidente Jair Bolsonaro minimiza a gravidade da doença.
Autoridades de controle, médicos e ONGs denunciaram a precariedade do sistema de saúde na região da Letônia, onde vivem mais de 76.000 pessoas e que possui um único hospital público sem uma unidade de terapia intensiva.
Duque garantiu que eles estão analisando a adaptação de hotéis “para expandir a infraestrutura de atendimento” e anunciou que o isolamento obrigatório será reforçado.
A Colômbia, com quase 500 mortes pelo novo coronavírus e 1.112.613 200 infecções, mantém a maior parte de sua população confinada desde 24 de março, duas semanas após a detecção do primeiro caso.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras