O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) destinou R$ 750 mil de suas emendas parlamentares da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) para a compra de novos respiradores para o tratamento de pacientes em estado grave devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), no Amazonas.
“Retirei das minhas emendas – e não das emendas que estavam para a saúde, que já totalizavam R$ 2,4 milhões – R$ 750 mil para a compra de respiradores, cujo recurso está disponível desde o dia 3 de abril para o governo do estado”, pontuou.
Embora o recurso seja considerado pequeno devido o colapso a ser enfrentado nos próximos dias pela falta de respiradores nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Hospital Delphina Aziz, unidade referência para o tratamento da doença no estado, o deputado afirmou que será possível a compra de 15 equipamentos do gênero.
“Isso dá para comprar 15 respiradores. Estou preocupado com a saúde como um todo. Temos o problema do coronavírus que é sério e é uma ameaça real” , afirmou o deputado.
Conforme divulgou a Secretaria de Sáude de Estado (Susam), Manaus tem apenas 5% dos leitos de UTI vagos, o que é grave. Somado à problemática, Serafim disse que, embora os pagamentos tenham sido anunciados por parte do estado, as clínicas de hemodiálise e de diálise, por exemplo, relatam, por meio de seus funcionários, que ainda não receberam seus honorários.
“Tenho essa informação, não por médicos, mas por pacientes que estão indo às clínicas e estão ouvindo dos funcionários que as empresas não estão recebendo. E se elas (clínicas) não receberem não vão pagar os seus funcionários. Os funcionários dizem que não terão outra alternativa a não ser parar”, lametou.
O parlamentar pediu que o governo do estado tenha uma conversa com as empresas terceirizadas em saúde, que estão com os pagamentos atrasados, para que a situação seja regularizada.
“Entendo que o coronavírus é relevante, mas apelo ao bom senso da Susam para que abra diálogo com todos os prestadores de serviços terceirizados que estão entre três a seis meses sem receber. Claro que vai haver um colapso e se as pessoas pararem de fazer hemodiálise e diálise, isso vai significar muitas mortes”, concluiu Serafim.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras