As negociações entre a União Europeia e o Reino Unido para definir a relação pós-Brexit parecem avançar nesta quinta-feira (17), com a esperança de alcançar um acordo no fim de semana, apesar do pessimismo britânico.
Em uma reunião de legisladores, o principal negociador da UE, o francês Michel Barnier, disse que fechar um acordo nesta sexta-feira seria “difícil mas possível”, em um dia em que todo o processo ficou sob pressão do Parlamento Europeu.
Em um documento conjunto, os blocos políticos no Parlamento anunciaram que estão dispostos a examinar o eventual acordo até 31 de dezembro, mas apenas se o entendimento for alcançado até o próximo domingo.
Ao mesmo tempo, em Londres, um porta-voz do governo afirmou que a saída britânica da UE sem um acordo continua sendo o resultado mais provável.
O influente secretário britânico do gabinete, Michael Gove, expressou seu pessimismo ao estimar que as chances de sucesso eram “menos de 50%”.
No início do dia, Barnier afirmou que as negociações para um acordo sobre a relação pós-Brexit registraram avanços, mas ainda enfrentam “obstáculos”.
“Bons progressos, mas os últimos obstáculos ainda persistem. Só assinaremos um acordo que proteja os interesses e princípios da UE”, escreveu Barnier no Twitter.
“Na reta final das negociações, a transparência e a unidade são mais importantes que nunca”, completou Barnier em sua mensagem.
Barnierteve uma reunião a portas fechadas com a Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu (que reúne o chefe do Poder Legislativo e os líderes de cada bancada política) e apresentou um relatório sobre o estado das negociações.
De acordo com fontes legislativas, durante o encontro Barnier citou a possibilidade de alcançar um acordo até sexta-feira.
“É difícil, mas possível”, teria afirmado Barnier aos legisladores, de acordo com três fontes consultadas.
“Acredito que ainda há chances nos próximos dias, mas claramente ainda não chegamos a este ponto. Não percam a paciência, ainda resta algum tempo”, expressou Barnier aos legisladores.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras