Dólar começa agosto em forte alta com impasse nos EUA e vai a R$ 5,31

Foto: Divulgação
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Nesta última segunda-feira (3) o dólar teve dia de valorização no mercado internacional, ante moedas fortes e emergentes, contrastando com o otimismo visto nas Bolsas. A falta de acordo em Washington para um novo pacote fiscal de estímulo econômico e o aumento dos casos de coronavírus em várias partes do mundo ajudaram a valorizar a moeda americana, mesmo com bons indicadores da atividade na Europa, China, Estados Unidos e Brasil.

O real foi a divisa com pior desempenho hoje, ajudado pela perspectiva de novo corte de juros pelo Banco Central esta semana, enquanto algumas casas não descartam mais uma redução pela frente.

Após cair 4% no mês de julho, o dólar fechou o primeiro dia útil de agosto com valorização de 1,86%, cotado em R$ 5,3140 – o maior valor desde 20 de julho. O dólar futuro para setembro subia 1,75% às 17h40, para R$ 5,3210.

Para o operador e economista da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, a perspectiva de mais um corte da taxa básica de juros pelo Banco Central ajudou a pressionar ainda mais o câmbio, em dia já marcado por maior cautela no mercado de moedas internacional, por conta da dificuldade entre democratas e republicanos para chegar a um acordo sobre um novo pacote fiscal, o que ajuda a alimentar dúvidas sobre a velocidade de retomada da economia americana.

O partido de Donald Trump quer limitar os benefícios aos desempregados em US$ 200 por semana, enquanto os democratas querem manter o nível de US$ 600 que vigorava até julho. Na tarde de hoje, Trump disse que está “totalmente envolvido” nas negociações.

Nesse ambiente, enquanto a melhora de indicadores da indústria animaram as bolsas, o DXY, que caiu em julho para o menor nível em dois anos, teve dia de recuperação nesta segunda-feira. O dólar também subiu perante a maioria das moedas emergentes.

Sobre a reunião esta semana do BC, os economistas do JPMorgan preveem corte de 0,25 ponto porcentual na taxa básica e depois uma pausa. Com isso, a Selic deve ficar em 2% ao menos até o final de 2021, mas o banco americano não descarta a possibilidade de mais um corte até o final de 2020. “Os riscos pendem levemente para um corte adicional até o final do ano”, ressaltam.

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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