Enfermeira obstetra da rede estadual participa de curso no Japão na área materno-infantil

Fotos: Divulgação
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A enfermeira Cláudia Gomez Flores embarcou nesta segunda-feira (08/01) para o Japão, onde irá participar de um programa de treinamento na área materno-infantil oferecido pela Agência de Cooperação Internacional do Japão. Enfermeira obstetra no Instituto da Mulher Dona Lindu, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Claudia disse que seu objetivo no curso é a troca de experiência, não somente em relação à prática japonesa, mas com outros países da América Latina que participam do curso.

A enfermeira é uma das três profissionais brasileiras selecionadas pelo governo japonês para uma nova etapa do treinamento “Strengthening Maternal and Child Health Through Public Health Activities (B)”, em português: “Programa de Co-criação de Conhecimento e Fortalecimento da Saúde Materno Infantil Mediante Atividade de Saúde Pública”. Em 2017, outro grupo de profissionais de saúde do Brasil, incluindo a enfermeira Patrícia da Silva Magalhães, também servidora da Susam, participou do curso que tem duração de 45 dias.

O treinamento acontece na província de Oknawa. Nesta edição, foram selecionadas duas enfermeiras atuantes na região Norte, representando o Amazonas e o Pará e uma terceira de Sergipe, no Nordeste. O curso é voltado para profissionais que possuem fluência em língua espanhola uma vez que será ministrado neste idioma.

Seleção – Para participar é necessário passar pelo processo de seleção que avalia os seguintes requisitos: ter mestrado, falar espanhol, atuar há mais de 12 anos na assistência materno infantil no SUS e toda a formação ligada à área, além do aceite e liberação por parte do órgão governamental ao qual o candidato estava vinculado.

Apoio da Susam – A enfermeira conta que recebeu todo apoio da Susam para poder participar. O incentivo para chegar à seleção, segundo ela, veios dos colegas de trabalho. Agora, a expectativa é pelo retorno com novidades que possam ser aplicadas ao cotidiano do Instituto da Mulher Dona Lindu, onde trabalha. “Serão 45 dias conhecendo o modelo de atendimento no Japão e nos vários países de língua espanhola que incluem países vizinhos a nós. Assim, eu consigo avaliar e pensar sobre o que temos feito e o que podemos fazer para melhorar”, ressaltou.

Embora ainda não tenha recebido a programação com conteúdo do treinamento, que vai durar 45 dias (de 10 de janeiro a 24 de fevereiro), Cláudia já sabe que terá de apresentar os indicadores da saúde materno infantil no Amazonas. “Eu trabalho na área há 15 anos e nós já avançamos muito. Então, eu vou apresentar a eles algo que eu já sei que foi positivo. Mas eu também quero ouvir, quero entender e aprender o que fazer para continuar avançando”, afirma.

Dobradinha – Entre outubro e dezembro do ano passado, a enfermeira Patrícia da Silva Magalhães, também da rede estadual de saúde, participou do mesmo treinamento, após 10 anos sem um representante da rede pública estadual em atividades da Jica. Segundo ela, que atua há 20 anos pela Susam, em tempos passados, a participação trouxe não apenas conhecimento, mas parceria da Jica para aplicação de recursos em maternidades do Amazonas.

Após os 55 dias de treinamento, a enfermeira elaborou um plano de ação para desenvolver um Estudo Quantitativo para o Combate à Violência Obstétrica nas Maternidades no Amazonas. “Com esse plano queremos apontar quantas mulheres sofreram a violência de fato e assim ter indicadores para combater esse problema”, disse Patrícia, ao ressaltar que estudos internacionais apontam que uma em cada quatro mulheres sofreu violência obstétrica.

 

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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