Os casos de contaminação pelo novo coronavírus chegaram ontem a um milhão nos Estados Unidos. A trágica marca dobrou em apenas 18 dias, segundo levantamento da Reuters e da Universidade Johns Hopkins. Estima-se que o número real de casos seja ainda maior, e autoridades estaduais de saúde pública alertam que a escassez de profissionais treinados e de equipamentos têm limitado a capacidade de testagem. Mais de 58 mil pessoas já morreram no país.
A marca de um milhão de casos foi alcançada quando vários estados americanos estão retomando ou planejam retomar as atividades econômicas, incluindo Geórgia, Ohio e Texas. O presidente americano, Donald Trump, tem oscilado entre defender o isolamento social e a retomada econômica, diante da perspectiva de perder sua principal bandeira na eleição presidencial de novembro, quando disputará a reeleição. O choque econômico provocado pela pandemia já levou à perda de 26 milhões de empregos no país.
Cerca de 30% dos casos se se concentram no estado de Nova York, epicentro da epidemia nos EUA, seguido por Nova Jersey, Massachusetts, Califórnia e Pensilvânia. No mundo todo, os casos confirmados já superam os 3 milhões desde o início do surto da doença na China, no fim do ano passado.
O segundo país com maior registro de casos é a Espanha (229.422), seguida da Itália (200 mil). Ambas as nações europeias também são as que têm maior número de óbitos, atrás apenas dos Estados Unidos: a Espanha tem 23.521, e a Itália, 26.977. Tal como nos Estados Unidos e em boa parte do planeta, no entanto, estima-se que haja subnotificação dos casos e das mortes.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras