A defesa do ex-delegado Gustavo Sotero, condenado a mais de 30 anos por matar o advogado Wilson Justo dentro de uma casa noturna na Ponta Negra, pediu à Justiça que o acusado cumpra parte da pena em prisão domiciliar por causa da pandemia do novo coronavírus. Os advogados indicam que o ex-delegado da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) faz parte do grupo de risco, pois é portador de diabetes e hipertensão. Na última semana, ele foi diagnosticado com sintomas do Covid-19 e o laudo médico foi anexado ao pedido.
Preso na carceragem da Delegacia Geral (DG), localizada na Zona Centro-Oeste de Manaus, desde o final de novembro de 2019, Sotero e outros detentos podem ter contraído a doença nas dependências da unidade policial, conforme o relatório apresentado à 1ª Vara do Tribunal do Juri.
A confirmação dos sintomas foi feita por um médico, convocado pela DG, que realizou os exames na última quinta-feira (16). Sotero foi submetido a um tratamento à base de Hidroxicloroquina, mas a defesa achou arriscado e usou a resolução nº 62/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orienta a Justiça a adotar uma série de medidas de prevenção ao coronavírus no sistema penal, para converter a prisão cautelar em prisão domiciliar.
Caso o pedido seja aprovado, Sotero deverá usar tornozeleira eletrônica pelo menos durante o prazo de duração da pandemia ou até não apresentar mais os sintomas da doença e voltar à delegacia.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras